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Cruz Vermelha corta orçamento para 2024 em meio à queda de doações

Placeholder - loading - Logotipo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Genebra, Suíça 11/09/2023 REUTERS/Denis Balibouse
Logotipo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Genebra, Suíça 11/09/2023 REUTERS/Denis Balibouse

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GENEBRA (Reuters) - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) reduzirá seu orçamento no próximo ano em cerca de 13% como consequência da redução dos repasses de grandes doadores, incluindo os Estados Unidos, disse o diretor-geral da organização nesta segunda-feira.

As crescentes necessidades humanitárias diante de um conjunto cada vez mais profundo de crises em todo o mundo, incluindo as guerras na Ucrânia e no Sudão, têm sobrecarregado os orçamentos de ajuda internacional, forçando governos a repensar decisões sobre quem ajudar e como.

“Essa previsão orçamentária reduzida do CICV, que é consequência da redução dos orçamentos de ajuda a nível mundial, está ocorrendo em um momento em que as necessidades humanitárias globais nunca foram tão altas”, disse Robert Mardini a jornalistas, ressaltando estar preocupado com o impacto dos cortes.

“Essa tendência tem um custo humano significativo”, acrescentou.

A Cruz Vermelha está presente em mais de 90 países e suas atividades vão desde a prestação de ajuda humanitária básica até a visita a prisioneiros de guerra.

O orçamento para 2024 será de 2,1 bilhões de francos suíços (2,36 bilhões de dólares), resultando em mais 270 demissões na sua sede em Genebra, disse ele.

O site do CICV afirma que o grupo é financiado por contribuições voluntárias de Estados signatários das Convenções de Genebra, Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, organizações supranacionais como a Comissão Europeia e doadores públicos e privados.

Questionado sobre o financiamento norte-americano, Mardini disse que os EUA são o maior doador da organização e reduziram as suas contribuições para 2023 ante o ano anterior, sem detalhar os valores.

“Precisamos repensar o sistema humanitário”, disse Mardini. “Todo o sistema depende de um punhado de países e doadores e penso que isso é, por natureza, um grande problema e um grande risco”, acrescentou.

(Por Emma Farge)

Escrito por Reuters

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