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CSN espera preços de aço estáveis no 2º tri e retomada de produção 'normal'

Placeholder - loading - Companhia Siderurgica Nacional (CSN) em Volta Redonda (RJ) 16/01/2009 REUTERS/Fernando Soutello
Companhia Siderurgica Nacional (CSN) em Volta Redonda (RJ) 16/01/2009 REUTERS/Fernando Soutello

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SÃO PAULO (Reuters) - A CSN espera preços estáveis de aço no segundo trimestre no Brasil, após promover reajustes em abril que ficaram abaixo do que pretendia no final do primeiro trimestre, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Barbosa Martinez, nesta quinta-feira.

A companhia também espera normalizar sua produção a partir deste mês após problemas internos de logística de insumos que fizeram a empresa reduzir volume produzido no primeiro trimestre, afirmou o executivo.

'Sobre preços, falei (em março) que ia aumentar de 7,5% a 10% em abril...mas ficamos em patamar abaixo de 7,5%. Fomos mais seletivos para capturar valor', afirmou o executivo durante teleconferência com analistas.

'Em abril, tivemos preço médio majorado em 4,5%', disse Martinez, afirmando que a companhia tem uma carteira de pedidos de 680 mil toneladas, suficiente para dois a três meses de comercialização.

A companhia divulgou na noite da véspera prejuízo de 822,5 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda nas vendas de aço de 11% sobre o mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a empresa cometeu um 'erro primário' de excesso de recebimento de insumos na usina siderúrgica da companhia em Volta Redonda que dificultou o fluxo de produção dentro da unidade.

'Passamos os quatro primeiros meses do ano à mercê deste problema, mas em maio voltamos à produção normal e espero conseguir reverter isso e que tenhamos em junho produção a pleno vapor', disse Steinbruch durante a teleconferência.

A alavancagem da CSN, uma preocupação constante dos analistas, subiu no primeiro trimestre para 2,45 vezes dívida líquida sobre Ebitda, se afastando da meta da empresa de chegar até o final do ano com um nível de endividamento abaixo de duas vezes.

Porém, Steinbruch afirmou que a empresa segue comprometida com a meta e que com a esperada melhora dos resultados operacionais da empresa a partir do segundo trimestre, aliada com uma possível entrada de um sócio para as operações de energia elétrica, o nível de alavancagem deve ceder até o fim de 2023 para dentro da previsão.

Questionado sobre eventual interesse da companhia em ativos siderúrgicos da alemã ThyssenKrupp, o vice-presidente de finanças, Marcelo Cunha Ribeiro, disse que 'ativos bons que vão a mercado são poucos e raros, mas nesse caso não temos nada a comentar'.

A Reuters publicou em março que a CSN estava entre os interessados na divisão de siderurgia do grupo alemão de engenharia. Na Alemanha, a CSN já controla a produtora de aços longos SWT, comprada em 2012, quando a empresa não tinha embarcado na estratégia atual de redução e controle de endividamento.

'A gente sempre tem atenção às oportunidades, principalmente de ativos diferenciados como os da ThyssenKrupp em mercados importantes como os da Europa e dos Estados Unidos, mas não temos nada de concreto', disse o executivo.

'Nosso foco total é melhorar o desempenho operacional e ter no segundo trimestre resultados melhores', acrescentou.

As ações da CSN caíam 5%, a 12,21 reais, por volta de 13h10, na bolsa paulista, onde o Ibovespa recuava 0,5%.

(Por Alberto Alerigi Jr.; edição Paula Arend Laier)

Escrito por Reuters

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