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Cúpula da Amazônia mostra os desafios de Belém para realizar a COP30

Placeholder - loading - Canteiro de obras da Cúpula COP30 em Belém 09/08/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
Canteiro de obras da Cúpula COP30 em Belém 09/08/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino
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Por Jake Spring e Leonardo Benassatto

BELÉM (Reuters) - Organizar uma cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) para dezenas de milhares de pessoas em qualquer cidade é uma tarefa assustadora. Fazer isso em um pedaço da floresta amazônica desacostumado a receber multidões de visitantes será ainda mais difícil.

Belém, a capital do Pará com 1,3 milhão de habitantes que sediará a reunião do clima COP30 em 2025, foi testada durante uma cúpula de nações com florestas tropicais nesta semana. Com uma escassez de oferta de camas de hotel para os 27.000 participantes da cúpula, as tarifas dispararam.

Mas a cidade espera mais de 70 mil para a COP30. Para lidar com o problema, Belém pode se apoiar em uma solução fundamental para a vida no delta do rio Amazonas há centenas de anos: os barcos.

Alguns delegados poderão se deslocar diariamente de barco a partir de ilhas próximas, enquanto os chefes de Estado poderão ficar em navios de cruzeiro estacionados no porto, segundo autoridades governamentais.

A cidade planeja concluir um diagnóstico ainda este mês sobre todos os desafios a serem enfrentados nos dois anos até a cúpula, incluindo sistema de esgoto inadequado, estradas esburacadas e transporte público precário.

'Na cidade estamos preparados para receber um evento tão grande? Se fosse hoje, não estaríamos', disse Luiz Araújo, que lidera o comitê municipal de preparação da COP30.

A ONU convoca uma conferência anual para as partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, um evento que se tornou mais urgente conforme são registrados recordes de calor e a meta de manter o aquecimento dentro de 1,5 grau Celsius parece estar fora de alcance. A COP28 deste ano será no final de novembro e dezembro em Dubai.

O Brasil aposta muito no sucesso da COP30. A reunião irá simbolizar uma reviravolta diplomática liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu restaurar a posição do Brasil como líder em política ambiental após quatro anos de desmatamento crescente sob seu antecessor, Jair Bolsonaro.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ofereceu 5 bilhões de reais em financiamento para projetos de preparação de Belém para a cúpula. Os governos estadual e municipal, bem como empresas privadas, planejam aproveitar o financiamento federal.

No porto, uma fileira de depósitos de metal corrugado em ruínas é um exemplo de uma área onde a cidade está planejando uma reforma. Fechado para construção esta semana, as placas proclamavam 'Porto Futuro é Aqui', com representações de um moderno complexo de compras e entretenimento.

Ao longo da orla, o mercado Ver-o-Peso, famoso por vender peixes enormes, também passará por uma reformulação do governo antes da COP30.

“O que eu gostaria é que as nossas autoridades arrumassem a casa”, disse a vendedora Beth Cheirosinha. 'Está muito deteriorada, está muito abandonada, está muito jogado às traças. Para receber todo esse povão tem que ter um lugarzinho chique'.

A Reuters visitou a futura sede da COP30 em Belém, no local de um aeroporto abandonado. Um enorme centro de conferências preencherá o terreno baldio onde os trabalhadores apenas começaram a assentar o concreto, com planos para a pista existente permanecer no local.

Com apenas 17.500 leitos de hotel atualmente nas imediações da cidade, Belém planeja dobrar ou triplicar a capacidade hoteleira, expandindo os hotéis existentes e aproveitando os resorts de praia e selva da área circundante, disse Tony Santiago, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará (ABIH-PA). Isso pode significar trazer alguns delegados de barco todos os dias.

Opções de acomodação privada também estarão disponíveis em plataformas como o Airbnb, afirmou ele.

Mesmo assim, a cidade pode ter dificuldade em encontrar acomodações condizentes com os mais de 100 chefes de Estado esperados, disse Araújo, do comitê municipal.

Uma solução seria dragar o porto para que os transatlânticos possam entrar. Esses navios abrigaram autoridades quando Trinidad e Tobago sediou a Cúpula das Américas em 2009.

A cidade será o primeiro município da Amazônia brasileira a elaborar um plano climático abrangente, segundo Araújo.

O governador do Pará, Helder Barbalho, disse que a COP30 trará recursos para melhorar o saneamento e trocar ônibus a gasolina por veículos elétricos ou a gás.

Mas será impossível resolver tudo.

“Nós não queremos criar uma bolha e achar que Belém não terá problemas em novembro de 2025”, afirmou Barbalho. 'Mas entendemos que é possível apresentar uma cidade com qualidade receptiva.'

(Reportagem de Jake Spring e Leonardo Benassatto, em Belém; Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu em Brasília)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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