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Danos com desastre de Mariana podem chegar a R$60 bi, aponta levantamento

Placeholder - loading - Destroços em Mariana 10/11/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Destroços em Mariana 10/11/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A valoração econômica dos danos socioambientais causados pelo rompimento de barragem da Samarco em Mariana (MG) pode variar entre 37,6 bilhões e 60,6 bilhões de reais, apontou levantamento do Lactec, uma das empresas nomeadas pelo Ministério Público Federal para a elaboração de diagnósticos.

O colapso da estrutura, que completa seis anos em 5 de novembro, liberou uma onda de rejeitos de mineração, deixando 19 mortos, centenas de desabrigados, além de atingir florestas e rios, incluindo o Doce, em toda a sua extensão, até o mar do Espírito Santo.

O levantamento é publicado agora, justamente quando autoridades federais e estaduais, a Samarco e suas sócias (Vale e BHP) estão negociando a revisão de um acordo fechado em 2016 para a reparação dos danos, com as negociações previstas para serem concluídas em fevereiro de 2022, com a possível revisão de valores acordados anteriormente.

'Fizemos a valorização ambiental e estamos dando uma base para o Ministério Público ter um valor de referência para tomar decisões futuras. Não temos como definir o que o Ministério Público vai fazer com o resultado do estudo', explicou a pesquisadora do Lactec Renata Cristine da Silva Gonçalves.

Segundo ela, a grande vantagem do estudo é dar um valor monetário a questões difíceis de serem valoradas.

'Demos um valor financeiro a questões ambientais que não são comercializadas', acrescentou ela, lembrando que a Lactec usou metodologia utilizada para levantar perdas de um histórico vazamento de petróleo no Golfo do México, fazendo algumas adaptações para a realidade brasileira.

Desde o desastre até o fim de setembro, foram desembolsados pelas empresas 16,8 bilhões de reais em reparações e compensações, de um total previsto atualmente de cerca de 29 bilhões de reais até 2030, segundo dados da Fundação Renova, responsável por gerir as atividades. O valor total a ser pago é sempre revisado, de acordo com as ações necessárias.

Para a elaboração do documento, entregue em setembro ao MPF, o Lactec --centro de ciência e tecnologia com sede em Curitiba, nomeado desde 2017 para diagnosticar os danos com o rompimento-- avaliou coletas, pesquisas e análise detalhada dos dados da região.

Ao todo, 96 danos foram diagnosticados e analisados, divididos em nove áreas: rejeitos, solo, flora, fauna, rios, mar, pescados, peixes e patrimônio cultural.

A partir daí, foram avaliados no que diz respeito a sua área de abrangência, gravidade, possibilidade de reversão e se têm tendência a diminuir ou aumentar. Desses danos, 56% foram considerados pelos pesquisadores como gravíssimos e 54% são apenas parcialmente reversíveis --enquanto 18% não podem ser revertidos.

Procurada, a Samarco disse em nota que estudos como esse são unilaterais e não vinculantes à empresa.

Segundo a companhia, é importante ressaltar que o Observatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) conduz a discussão acerca da repactuação no contexto do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) e seus 42 programas de ações de reparação e compensação de danos, que estão sendo executadas pela Fundação Renova. O último encontro sobre o tema aconteceu em Vitória (ES), nos dias 13 e 14 de outubro.

'A empresa reafirma seu compromisso com as comunidades, com a Carta Conjunta de Princípios apresentada em junho deste ano e com a reparação. Até o momento, já foram indenizadas mais de 336 mil pessoas, tendo sido destinados mais de 15,57 bilhões de reais para as ações executadas pela Fundação Renova.'

METODOLOGIAS

O coordenador do projeto pelo Lactec, Leonardo Bastos, pontuou que novos métodos precisaram ser empregados para o diagnóstico, uma vez que o país não tem um histórico no controle e diagnóstico de desastres com esta complexidade e abrangência.

'Estamos falando do que foi com certeza o pior desastre de mineração no Brasil e, possivelmente, no mundo. Toda a metodologia que utilizamos é nova', afirmou.

A equipe reuniu levantamentos previamente realizados na área atingida pelo rompimento da barragem, como análises de qualidade de água e dados de diagnóstico ambiental. Desde 2017, esses dados são coletados novamente e sistematizados para fins de acompanhamento.

Bastos explicou que foram empenhadas duas metodologias para o levantamento. Uma delas, chamada MEHR, mede os custos de ações de recuperação e compensações necessárias diante dos danos.

Já uma segunda metodologia, chamada Valoração Contingente (VC), buscou danos ao patrimônio imaterial. A VC representa o valor que a sociedade atribui aos danos, o que é calculado a partir de pesquisas domiciliares e aplicação de questionários, segundo ele.

'Tão importante como falar sobre o valor, é falar sobre o patrimônio histórico intangível que se perdeu. Como afirmar quanto vale a perda da realização da Festa da Padroeira de Bento Rodrigues ou quanto vale o rio para os Krenak?', disse Bastos, referindo-se a um distrito de Mariana que foi submerso pela lama e a um povo indígena impactados pelo desastre.

No fim do processo, os dois métodos de valoração, que fazem avaliações de diferentes perspectivas, foram combinados para que se chegasse ao resultado.

Segundo os dados compilados pela empresa, cerca de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração vazaram da barragem.

Com a tragédia, foram afetados 1.551 hectares de terra, quatro terras indígenas, mais de 40 municípios e 675 km de rios. Além disso, mais de 1,4 milhão de pessoas foram impactadas, pontuou a empresa.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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