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Demanda europeia elevará competição por GNL nos próximos dois anos, diz Shell

Placeholder - loading - Planta de processamento de GNL operada pela Shell e outros em Bonny Island, no estado de Rivers, Nigéria, 21 de junho de 2017. REUTERS/Paul Carsten
Planta de processamento de GNL operada pela Shell e outros em Bonny Island, no estado de Rivers, Nigéria, 21 de junho de 2017. REUTERS/Paul Carsten

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Por Marwa Rashad e Emily Chow

LONDRES (Reuters) - A crescente necessidade da Europa por gás natural liquefeito (GNL) aumentará a concorrência com a Ásia pelo produto nos próximos dois anos, já que a oferta permanece limitada, disse a Shell nesta quinta-feira.

Os países europeus, incluindo o Reino Unido, importaram 121 milhões de toneladas de GNL no ano passado, um aumento de 60% em relação a 2021, para lidar com os cortes nos suprimentos canalizados da Rússia, disse a Shell em sua perspectiva de GNL para 2023.

Uma queda na demanda chinesa em 15 milhões de toneladas, bem como a redução das importações de compradores do sul da Ásia devido aos altos preços, ajudaram a Europa a adquirir oferta.

'(No mercado europeu de gás) a demanda é menor hoje, o que é útil, mas o próximo inverno pode ser muito mais frio... e existe o potencial de haver mais concorrência por esses volumes de GNL, especialmente da China, à medida que o país sai do lockdown', disse Steve Hill, vice-presidente executivo de marketing de energia da Shell.

'Quanto mais rápido o crescimento da demanda econômica chinesa e, portanto, da demanda de GNL, mais apertado será o mercado.'

Os preços do gás atingiram novas máximas no ano passado, levando os preços spot asiáticos de GNL a seguir a tendência, atingindo recordes de quase 70,5 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas (mmbtu).

Os preços, no entanto, caíram mais de 70% em relação a essas altas.

Enquanto o GNL está se tornando um pilar cada vez mais importante da segurança energética europeia, apoiado pelo rápido desenvolvimento de novos terminais de regaseificação no noroeste da Europa, a China, por outro lado, está deixando de ser um mercado de importação em rápido crescimento para desempenhar um papel mais flexível, com uma maior capacidade de equilibrar o mercado global de GNL, disse o relatório.

A China devolveu o título de maior importador de GNL ao Japão em 2022, uma vez que a demanda desacelerou em meio a suas rígidas medidas de Covid-zero e os altos preços spot restringiram as compras.

O comércio global total de GNL atingiu 397 milhões de toneladas em 2022. As previsões da indústria veem a demanda saltando para 700 milhões de toneladas até 2040, disse a Shell, acrescentando que uma lacuna entre oferta e demanda deve surgir no final da década de 2020.

(Por Marwa Rashad em Londres e Emily Chow em Cingapura)

Escrito por Reuters

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