Democratas pressionam Biden sobre vítimas civis da campanha israelense em Gaza
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Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - Dezenas de membros do Partido Democrata assinaram uma carta nesta sexta-feira pedindo que o governo do presidente Joe Biden reafirme que os Estados Unidos se opõem fortemente ao “deslocamento forçado e permanente” de palestinos da Faixa de Gaza.
A carta, endereçada ao secretário de Estado, Antony Blinken, foi liderada pelos parlamentares Ayanna Pressley e Jamie Raskin, e assinada por 60 democratas da Câmara dos Deputados. Ela reflete as preocupações, especialmente na esquerda, com o alto número de civis palestinos mortos na ofensiva israelense contra o Hamas.
“Pedimos que você continue reiterando o firme compromisso dos Estados Unidos a esta posição e pedimos que esclareça sobre certas provisões da solicitação de financiamento suplementar humanitário e de segurança por parte do governo”, diz a carta.
O Departamento de Estado não estava imediatamente disponível para comentar.
Os EUA enviam a Israel 3,8 bilhões de dólares em assistência militar todos os anos. O também democrata Biden pediu ao Congresso que aprove mais 14 bilhões, como parte de um pedido suplementar que está empacado no Legislativo, devido a negociações entre republicanos e democratas acerca de mudanças na política de imigrações.
Separadamente, um grupo de senadores democratas afirmou nesta sexta-feira que 18 membros da legenda na casa apoiam uma emenda que exigirá que qualquer país que receba fundos suplementares use o dinheiro de acordo com a lei norte-americana, a lei humanitária internacional e as leis de conflitos armados.
Nesta semana, o senador Bernie Sanders, um independente que concorre eleitoralmente como democrata, forçou a votação de uma resolução que congelaria a ajuda de segurança a Israel a não ser que o Departamento de Estado produzisse um relatório em 30 dias examinando se o Estado judaico cometeu violações dos direitos humanos em sua campanha contra o Hamas. Mas 72 senadores votaram para anular a resolução, contra 11 para mantê-la, facilmente dando a vitória à anulação na casa composta por 100 nomes.
(Reportagem de Patricia Zengerle)
Escrito por Reuters
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