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Departamento de Musk utiliza IA para espionar funcionários públicos, dizem fontes

Placeholder - loading - Elon Musk durante visita ao Capitólio dos EUA, em Washington 05/03/2025 REUTERS/Kent Nishimura
Elon Musk durante visita ao Capitólio dos EUA, em Washington 05/03/2025 REUTERS/Kent Nishimura
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Por Alexandra Ulmer e Marisa Taylor e Jeffrey Dastin e Alexandra Alper

(Reuters) - Autoridades do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disseram a alguns funcionários federais que a equipe de tecnólogos do departamento liderado por Elon Musk está usando inteligência artificial para vigiar as comunicações de pelo menos uma agência federal em busca de hostilidade a Trump e sua agenda, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.

Embora grande parte do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) permaneça envolta em sigilo, a vigilância marcaria um uso extraordinário da tecnologia para identificar expressões de deslealdade em uma força de trabalho já abalada por demissões generalizadas e cortes severos de custos.

A equipe do Doge também está usando o aplicativo Signal para se comunicar, de acordo com uma outra pessoa com conhecimento do assunto, o que pode violar as regras federais de manutenção de registros, pois as mensagens podem ser configuradas para desaparecer após um período de tempo.

Eles implantaram 'pesadamente' o chatbot Grok AI, de Musk, - um aspirante a rival do ChatGPT - como parte de seu trabalho de redução do governo federal, disse essa pessoa. A Reuters não conseguiu estabelecer exatamente como o Grok está sendo usado.

A Casa Branca, o Doge e Musk não responderam aos pedidos de comentários.

O uso da IA e do Signal reforça as preocupações entre especialistas em segurança cibernética e em ética governamental de que o Doge está operando com transparência limitada e que Musk ou o governo Trump poderiam usar as informações coletadas com a IA para promover seus próprios interesses ou para perseguir alvos políticos.

Kathleen Clark, especialista em ética governamental da Universidade de Washington, em St. Louis, disse que o uso do Signal pelo Doge aumenta as preocupações com as práticas de segurança de dados, depois que autoridade do governo foram criticadas no mês passado pela inclusão equivocada de um jornalista em um chat sobre o planejamento para operações militares no Iêmen.

'Se eles estão usando o Signal e não estão fazendo backup de todas as mensagens em arquivos federais, então estão agindo ilegalmente', disse ela.

Entrevistas da Reuters com quase 20 pessoas com conhecimento das operações do Doge - e um exame de centenas de páginas de documentos judiciais de ações que contestam o acesso do Doge a dados - destacam o uso pouco ortodoxo da IA e de outras tecnologias nas operações do governo federal.

Na Agência de Proteção Ambiental, por exemplo, alguns gerentes foram informados por indicados de Trump que a equipe de Musk está implementando a IA para monitorar os funcionários, inclusive procurando linguagem em comunicações consideradas hostis a Trump ou Musk, disseram as duas pessoas.

Os funcionários de Trump disseram que o Doge estaria procurando pessoas cujo trabalho não se alinhasse com a missão do governo, afirmaram as duas fontes. 'Cuidado com o que você diz, o que você digita e o que você faz', disse um gerente, de acordo com uma das fontes.

Musk tem descrito o Doge como um esforço orientado pela tecnologia para tornar o governo federal mais eficiente, visando o desperdício, a fraude e o abuso. Ele disse que a meta é cortar US$1 trilhão em gastos, ou 15% do orçamento anual dos EUA.

Poucos contestam que o governo dos EUA e seus sistemas computacionais precisam de modernização. Mas críticos dizem que Musk e Trump estão expurgando o governo de funcionários públicos apartidários e instalando pessoas leais que fechariam os olhos para a corrupção.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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