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Deportações no primeiro mês de Trump ficam abaixo da média do último ano de Biden

Placeholder - loading - Presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington 23/01/2025 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington 23/01/2025 REUTERS/Kevin Lamarque
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Por Ted Hesson

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deportou 37.660 pessoas durante seu primeiro mês no cargo, segundo dados inéditos do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, na sigla em inglês), um número menor do que a média mensal de 57.000 registrada no último ano do governo do antecessor Joe Biden.

Uma autoridade do governo Trump e especialistas disseram que as deportações devem aumentar nos próximos meses, à medida que o presidente abre novos caminhos para ampliar detenções e expulsões de imigrantes ilegais.

A porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, disse que os números de deportação da gestão Biden parecem 'artificialmente altos' devido aos níveis mais elevados de imigração ilegal no governo passado.

Trump fez campanha para a Casa Branca prometendo deportar milhões de estrangeiros na maior operação de deportação da história dos EUA. No entanto, os números iniciais sugerem que o republicano pode ter dificuldades de igualar os registros do último ano do governo do democrata Biden, quando um grande número de imigrantes foi detido atravessando a fronteira ilegalmente, o que facilitou a deportação.

Os esforços de Trump, no entanto, podem deslanchar nos próximos meses em meio a acordos com a Guatemala, El Salvador, Panamá e Costa Rica para receber imigrantes ilegais de outras nações deportados pelos EUA, disseram fontes.

As Forças Armadas norte-americanas auxiliaram em mais de uma dúzia de voos de deportação para Guatemala, Honduras, Panamá, Equador, Peru e Índia. O governo Trump também transportou imigrantes venezuelanos para a base naval dos EUA na Baía de Guantánamo.

No final de janeiro, o presidente disse que o local seria preparado para receber até 30.000 imigrantes ilegais, apesar da resistência de grupos de defesa de liberdades civis.

As deportações auxiliadas por militares devem aumentar, considerando o vasto orçamento do Pentágono e a habilidade do órgão de angariar recursos, de acordo com Adam Isacson, especialista em segurança do centro de estudos Washington Office on Latin America.

AUMENTO DAS DEPORTAÇÕES

O governo norte-americano age para facilitar a prisão de imigrantes sem antecedentes criminais e para deter mais pessoas com ordens de deportação definitivas.

No mês passado, o Departamento de Justiça emitiu um memorando permitindo que agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) prendam imigrantes nos tribunais de imigração, revertendo uma política do governo Biden que limitava essas prisões.

Na quarta-feira, o Departamento de Estado norte-americano identificou o grupo venezuelano Tren de Aragua e outras sete facções criminosas como organizações terroristas. De acordo com a lei de imigração dos EUA, membros de gangues designadas como terroristas e pessoas com vínculos com esses grupos podem se tornar deportáveis.

Durante as três primeiras semanas do governo Trump, o ICE prendeu cerca de 14.000 pessoas, disse o 'czar da fronteira' Tom Homan, na semana passada. Isso equivale a 667 prisões por dia -- o dobro da média do ano passado, um ritmo em direção a 250 mil prisões anuais.

As prisões diárias do ICE atingiram uma máxima de 800 a 1.200 durante a primeira semana de Trump no cargo, depois caíram à medida que os centros de detenção ficaram lotados e os policiais que estavam em cidades-alvo voltaram para casa.

'Vai ser como virar um cargueiro nos primeiros meses', disse Isacson. 'A parte civil do governo dos EUA não pode fazer muito.'

Embora as prisões tenham aumentado, o espaço de detenção do ICE continua sendo um fator limitante. Atualmente, a agência mantém cerca de 41.100 detentos, com orçamento para manter 41.500.

Cerca de 19.000 desses detentos foram presos pelo ICE, enquanto 22.000 foram detidos por autoridades de fronteira dos EUA, de acordo com dados da agência publicados em fevereiro.

Segundo dados do ICE, 2.800 imigrantes detidos pelo órgão não tinham registro criminal. O número aumentou em relação a 858 que estavam presos até a terceira semana de janeiro, antes da posse de Trump.

(Reportagem de Ted Hesson em Washington; reportagem adicional de Diego Ore na Cidade do México)

Escrito por Reuters

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DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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