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Coordenadora da bancada ruralista, Tereza Cristina será ministra da Agricultura de Bolsonaro

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Por Mateus Maia e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro escolheu nesta quarta-feira a coordenadora da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputada federal reeleita Tereza Cristina (DEM-MS), para o cargo de ministra da Agricultura do seu governo.

O anúncio da escolha foi feito inicialmente pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS), vice-presidente da FPA que atuou como porta-voz da Frente após reunião de membros da bancada ruralista com Bolsonaro em Brasília. Posteriormente, a indicação foi confirmada pela assessoria de imprensa do gabinete de transição e pelo próprio Bolsonaro em sua conta no Twitter.

'Boa noite! Informo a todos a indicação da senhora Tereza Cristina da Costa Dias, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, ao posto de ministra da Agricultura', escreveu o presidente eleito.

Antes do anúncio, uma comitiva de deputados da FPA reuniu-se com Bolsonaro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sediada a transição, para levar o nome de Tereza Cristina para a pasta. De acordo com Moreira, a sugestão foi imediatamente aceita pelo presidente eleito.

O vice-presidente da FPA também disse que não acontecerá a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e que o titular do Meio Ambiente será indicado por Bolsonaro nos próximos dias. Moreira disse ainda que a FPA referendará o nome do titular desta pasta.

Ao deixar o CCBB depois de Bolsonaro, o futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, enfatizou o fato de Tereza Cristina ser a primeira mulher indicada para compor o futuro governo, ao mesmo tempo que negou que o fato de ela ser mulher tenha pesado na escolha.

'Novidade? Você quer maior novidade que uma mulher no ministério? Ministério da Agricultura, que é fundamental', disse Heleno aos jornalistas.

'Não, não pesou é o que ele diz de ser ministro, se for competente e for mulher, tudo bem, não tem problema nenhum', disse o general da reserva, que também ressaltou a competência da deputada para a função.

Helena negou também que a escolha tenha tido caráter político, já que a futura ministra tem ascendência sobre uma bancada importante no Congresso.

'É lógico que foi considerada a competência dela e o lado político... Não é indicação política, ninguém pediu pela deputada Tereza Cristina, ele (Bolsonaro) chegou a conclusão que ela é capacitada para ser ministra da Agricultura. Aí vocês vão analisar e verificar qual é o componente político. Mas não foi nenhuma indicação política, não foi o fator político que levou a fazer isso.'

Antes do primeiro turno da eleição presidencial, Tereza Cristina encontrou-se com Bolsonaro no Rio de Janeiro e anunciou, àquela altura, o apoio da frente ao então candidato à Presidência da República. Foi o primeiro apoio de peso que o ainda presidenciável recebeu no Congresso durante a eleição.

Tereza Cristina chegou a ser cotada para ser candidata a vice-presidente na chapa do candidato derrotado do PSDB, Geraldo Alckmin. O tucano, entretanto, preferiu optar por outra expoente da bancada ruralista, a senadora gaúcha Ana Amélia (PP).

A futura ministra se reunirá com Bolsonaro e deverá falar com a imprensa após esse encontro em Brasília na quinta-feira.

REAÇÃO

Embora seja presidente de uma das principais frentes parlamentares do Congresso, o nome de Tereza Cristina não foi o único levado a Bolsonaro para comandar a pasta da Agricultura. A União Democrática Ruralista (UDR) havia sugerido para a pasta o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS). Um dos principais líderes da UDR Nabhan Garcia é um conselheiro próximo de Bolsonaro.

À Reuters, contudo, Goergen disse após a escolha da colega que Tereza Cristina satisfaz o setor e tem 'todas as condições de fazer um bom trabalho'. Ele disse que a futura ministra vai precisar cuidar de demandas centrais, como a questão fundiária, que é muito ainda desorganizada, o passivo do Funrural, que precisa ser resolvido, e o endividamento do setor agropecuário.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, elogiou a indicação da deputada e afirmou que ele tem conhecimento do setor.

“A deputada Tereza Cristina tem conhecimento técnico e respaldo político para assumir o cargo. É uma liderança fundamental para o setor produtivo nacional, com trabalho inquestionável à frente da FPA. Estamos bastante confiantes, pois ela conhece o setor de proteína animal como poucos, e sabe claramente das dificuldades e oportunidades que temos pela frente”, disse Turra.

Na mesma linha, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) saudou em nota a escolha da futura ministra da Agricultura.

“Ela representou muito bem o nosso setor como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. Confio muito nela e tenho certeza de que fará um excelente trabalho no Ministério da Agricultura”, disse o presidente da entidade, Bartolomeu Braz Pereira.

(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu, em Brasília, e Roberto Samora, em São Paulo)

Escrito por Thomson Reuters

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