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Desalinhamento cambial persistirá em 2021 após tombo do real em 2020

Placeholder - loading - 07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won
07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won
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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Mesmo depois de perder quase 23% de seu valor em 2020, engatar o quarto ano seguido de queda e figurar entre os piores desempenhos globais, o real ainda deverá mostrar fragilidade em 2021, podendo ficar novamente atrás de seus pares e manter seu desalinhamento negativo, com analistas citando dúvidas fiscais e o baixo retorno da moeda como fatores negativos.

No cenário básico dos analistas, a economia não recuperará no próximo ano a queda prevista para 2020, os juros não subirão tanto e o cenário para as contas públicas continuará suscetível a intempéries e sem aprovação de reformas estruturantes, combinação que deixa o real apenas com o vento favorável do exterior.

'O real deve voltar à casa de 5 (por dólar), 5,05', disse Bernardo Zerbini, um dos responsáveis pela estratégia da gestão macro da gestora AZ Quest. 'A imagem do Brasil ainda está afetada, não só pela questão fiscal, mas também pelas políticas ambientais. Isso é um fator para o estrangeiro', completou.

O real cai 22,4% ante o dólar, em termos nominais, neste ano. É o segundo pior desempenho numa lista de 33 rivais do dólar, melhor apenas que o peso argentino, que despenca 28%. O dólar estava em 5,1922 reais nesta terça-feira.

Pelas estimativas do Bank of America, o real apreciará 1,4% em 2021, enquanto as principais moedas emergentes da Ásia --que já foram menos golpeadas em 2020 que os pares-- vão subir em média 3%.

O rublo russo ganhará quase 9% (após perder 16% neste ano), o rand sul-africano ficará praticamente estável (depois de queda 5% em 2020) e o peso mexicano cairá quase 10%, após recuar 5% neste ano.

A perspectiva de que a moeda brasileira continuará sem muita força em 2021 ocorre mesmo considerando que ela estaria barata, segundo modelos de taxa de câmbio 'justa', que levam em conta dados macroeconômicos como termos de troca, diferencial de juros, diferencial de crescimento econômico, preços das commodities, entre outros.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) calcula que o desalinhamento negativo do real é o maior entre as principais divisas emergentes. O IIF vê taxa 'justa' de 4,50 por dólar e, pelas cotações atuais, o real está 13% abaixo desse patamar.

O Deutsche Bank também vê a moeda brasileira como a mais barata num conjunto que inclui divisas de países ricos e emergentes. E, pelos dados mais recentes da Fundação Getulio Vargas (FGV), o desalinhamento médio da taxa real de câmbio no Brasil está em torno de 34%, um dos maiores da história.

'A conta (dos modelos) permite dizer que o valor justo para o real estaria perto de 4,50 (por dólar), 4,70. Mas, mesmo considerando o exterior positivo, sem um ciclo de alta de juros é mais difícil haver essa correção', afirmou Roberto Serra, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos.

A taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) está em 2% e, segundo analistas, terminará 2021 em 3,13%, pela mediana das previsões mostradas pela pesquisa Focus do Banco Central.

Esse patamar ainda deixaria o Brasil com juros menores que México (4,25%), Rússia (4,00%) e África do Sul (3,50%) --em números projetados pelo Bank of America--, três dos principais concorrentes do Brasil na atração de capital externo.

O Brasil chegou a ser o 'paraíso' do 'carry trade' --operações que lucram com diferencial de taxas de juros entre moedas--, mas não só perdeu esse posto como inverteu o status, conforme a Selic caiu em apenas dois anos de 7% para os atuais 2%.

'Você tem um prêmio de risco fiscal alto, um efeito do (baixo) diferencial de juros e um juro real predominantemente negativo', disse Zerbini, da AZ Quest.

Outro elemento que pode limitar ganhos ao real são uma pausa no rali das commodities --que desde as mínimas de abril disparam 63%-- e um menor crescimento da economia em 2021, segundo o UBS Brasil, o que teria desdobramentos fiscais.

De acordo com Fabio Ramos, economista do UBS Brasil, os modelos trazem valor justo em torno de 4,50 reais, mas a projeção do banco é de 4,95 reais ao fim de 2021.

'Projetamos queda de 0,7% do PIB no primeiro trimestre (sobre os últimos três meses de 2021). Se essa contração for mais forte poderá causar tensão no cenário político e aumentar pressão para a volta do auxílio emergencial', disse, lembrando que o coronavoucher está previsto para terminar daqui a dois dias.

Mas há quem veja o real ainda mais apreciado em 2021.

O Santander manteve projeção de que a moeda norte-americana fechará 2021 em 4,60 reais e 2022 em 4,15 reais, estimativas abaixo do consenso de mercado.

'Levamos em conta cenário de retomada da economia global, volta do multilateralismo com Joe Biden (presidente eleito dos EUA), de que o Brexit vai passar e de que a guerra comercial não apenas não vai escalar, como vai perder alguns decibéis', disse Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander Brasil, em recente entrevista à Reuters, para quem essa combinação de fatores ajudaria na volta do fluxo estrangeiro ao Brasil.

Esse quadro, combinado a uma redução de riscos fiscais via comprometimento com o processo de consolidação fiscal e respeito ao teto constitucional de gastos, poderá reduzir os prêmios de ativos brasileiros em geral, levando o real a se fortalecer de forma 'mais pronunciada', avaliou Vescovi.

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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MEMÓRIA MUSICAL: WESTLIFE DÁ INÍCIO A UMA NOVA FASE DO POP EUROPEU

Em 9 de maio de 1999, a boy band irlandesa Westlife estreou diretamente no número 1 da parada de singles do Reino Unido com a balada romântica "Swear It Again". O feito não apenas lançou o grupo ao estrelato, mas também marcou o início de uma sequência impressionante de sucessos que definiriam a música pop britânica e europeia no final dos anos 90 e início dos 2000. Recorde abaixo o sucesso “Swear It Again” com Westlife:

“Swear It Again”: o começo de uma era

O single "Swear It Again" destacou-se pela harmonia vocal, letra emocional e produção refinada, características que logo se tornariam marca registrada do grupo. Escrita por Wayne Hector e Steve Mac, a faixa dominou as rádios e se tornou um símbolo do pop melódico da época. Foi também o primeiro de 14 singles consecutivos de Westlife a alcançar o topo do UK Singles Chart, um recorde histórico para uma boy band.

Quem é Westlife? Breve histórico da boy band irlandesa

Formado em 1998, o Westlife nasceu na Irlanda sob os olhares atentos de Louis Walsh (empresário responsável pelo sucesso do Boyzone) e Simon Cowell, que levou o grupo à gravadora RCA/BMG. Com vocais potentes e estilo romântico, o quinteto logo se destacou no competitivo cenário das boy bands.

Membros do Westlife: conheça os integrantes originais

Vocalista principal, Shane é conhecido por sua voz potente e presença carismática. Após o hiato da banda, lançou uma carreira solo de destaque antes de retornar ao grupo.

Responsável por muitos dos vocais de destaque do Westlife, Mark se assumiu gay publicamente em 2005, tornando-se um dos primeiros artistas pop de uma boy band a fazê-lo. Também seguiu carreira solo e participou de reality shows musicais.

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