DeSantis ataca veículos elétricos e metas de emissão em plano energético dos EUA
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Por Gram Slattery
WASHINGTON (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Ron DeSantis prometerá, nesta quarta-feira, desacelerar a transição norte-americana para veículos elétricos, revogar as regulamentações relacionadas a considerações ambientais, sociais e de governança (ESG) e aumentar drasticamente a produção doméstica de combustíveis fósseis, caso seja eleito.
Em comentários preparados, divulgados antes de um discurso no coração da região petrolífera do Texas, Midland, o governador da Flórida também disse que irá retirar o país dos acordos globais para redução das emissões de gases de efeito estufa, enquanto aumentará a produção de petróleo bruto, gás, carvão e urânio em terras federais.
Os executivos do setor de petróleo e gás estão entre seus principais incentivadores e apoiadores financeiros, e DeSantis tem se reunido com doadores esta semana em todo o Texas para reabastecer os cofres de sua campanha.
Entre os que doaram a DeSantis estão Harold Hamm, fundador da Continental Resources, e Dan Eberhart, diretor da Canary, empresa de serviços de campos petrolíferos do Colorado.
'Vamos liberar o domínio da energia norte-americana como uma forma de deter a inflação e chegar a gasolina em 2 dólares em 2025', DeSantis deve dizer nesta quarta-feira.
O discurso de DeSantis, que tem o objetivo de expor amplamente sua política energética, ocorre em um momento em que sua campanha precisa de um impulso. O governador da Flórida vem caindo nas pesquisas há meses, e agora está 37 pontos atrás do ex-presidente Donald Trump, de acordo com a última pesquisa Reuters/Ipsos.
De acordo com os comentários, DeSantis 'revogará os subsídios de veículos elétricos de Biden' e evitará que 'a Califórnia e burocratas sem rosto estabeleçam os padrões ambientais dos Estados Unidos'.
Além de expandir a produção de combustíveis fósseis, o plano de DeSantis exige investimentos significativos nos chamados minerais críticos, incluindo a criação de uma reserva estratégica de minerais críticos.
(Reportagem adicional de Sabrina Valle, Richard Valdmanis e James Oliphant)
Escrito por Reuters
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