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Desastre de Brumadinho completa 2 anos sem acordo para reparações entre Vale e MG

Placeholder - loading - Pessoas atingidas por rompimento de barragem da Vale em Brumadinho (MG) protestam contra a empresa  25/01/2021 REUTERS/Washington Alves
Pessoas atingidas por rompimento de barragem da Vale em Brumadinho (MG) protestam contra a empresa 25/01/2021 REUTERS/Washington Alves
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Por Leonardo Benassatto

BRUMADINHO, Minas Gerais (Reuters) - Famílias das cerca de 270 vítimas do rompimento de uma barragem da Vale na cidade mineira de Brumadinho realizam protestos e vigílias nesta segunda-feira, quando o desastre mortal completa dois anos, aumentando a pressão sobre a empresa pela solução de conflitos legais.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais permaneceu em busca de 11 vítimas desaparecidas desde a grande onda de rejeitos de mineração que soterrou um refeitório lotado de trabalhadores da companhia, bem na hora do almoço, em 25 de janeiro de 2019. A tragédia atingiu também a cidade e áreas de floresta.

Atualmente, mais de 90 equipamentos pesados auxiliam o trabalho de busca de cerca de 60 bombeiros militares, que procuram vítimas sob a lama, que os bombeiros dizem ter até 15 metros de profundidade.

'A Vale destroçou, não só a minha família. Ela destroçou inúmeras famílias e a vida de muita gente. A gente hoje não sorri, a gente engana a tristeza', disse à Reuters Atamaio Ferreira, que perdeu a irmã na tragédia.

A Vale reafirmou em comunicado na semana passada que continuará a cumprir integralmente sua obrigação de reparar e indenizar as pessoas, bem como de promover a reparação do meio ambiente.

'Até o momento, a empresa destinou cerca de 10 bilhões de reais para estes fins... A Vale reitera sua confiança no Poder Judiciário', disse, em nota.

A mineradora e autoridades do Estado não conseguiram chegar a um acordo que buscava encerrar ações na Justiça e garantir reparações de danos morais coletivos e sociais, e compensações socioeconômicas, após várias rodadas de debates.

No último encontro, a Vale ofereceu um acordo de 29 bilhões de reais, enquanto autoridades de Minas Gerais exigiram pelo menos 40 bilhões de reais, segundo uma fonte próxima às negociações.

Após a reunião, o secretário-geral de Minas Gerais, Mateus Simões, deu um ultimato, dizendo que o processo seguiria em frente na Justiça caso não houvesse uma nova oferta da Vale que fosse 'suficiente' até 29 de janeiro.

Em nota na semana passada, o banco de investimentos BTG Pactual disse que a falta de um acordo é uma situação em que todos perdem, já que atrasaria novos investimentos na região e aumentaria o risco de uma decisão ir aos tribunais.

O desastre de Brumadinho --que ocorreu poucos anos após o rompimento de barragem da joint venture Samarco (que pertence à Vale e à BHP,), em novembro de 2015-- alertou à indústria de mineração e investidores para os perigos de milhares de barragens de rejeitos em todo o mundo, muitas das quais estão em mau estado.

A Organização das Nações Unidas (ONU), o Conselho de Pensão da Igreja da Inglaterra e o Conselho de Ética dos Fundos de Pensão Nacionais Suecos disseram nesta segunda-feira que formariam uma organização independente para fazer cumprir os padrões globais de rejeitos que o trio ajudou a escrever no ano passado.

O grupo pretende usar a ameaça de desinvestimento para persuadir mineradoras ao redor do mundo a aderir aos padrões, disse Adam Matthews, diretor de ética do conselho de pensão da Igreja da Inglaterra.

'Dissemos à indústria de mineração que não importa onde seja o próximo desastre de rejeitos, será ruim para todos', disse Matthews.

Na noite de domingo, carros buzinando adornados com fitas pretas conduziram uma vigília para os mortos em Minas Gerais.

'Eu vivia muito bem com meu marido, com muito amor, com muita dignidade e a Vale veio e simplesmente arrancou tudo de nós', disse Sueli de Oliveira, esposa de uma das vítimas. 'Eu só quero justiça'.

(Reportagem adicional de Marta Nogueira e Ernest Scheyder)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

22 H
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MEMÓRIA MÚSICAL: OASIS BATE RECORDE HISTÓRICO DE VENDAS DE INGRESSOS

Em 13 de maio de 1996, a banda britânica Oasis alcançou um feito histórico no cenário musical: vendeu 330 mil ingressos em apenas nove horas para seus shows no lendário Knebworth Park, marcados para agosto daquele ano. Com mais de 2,5 milhões de pessoas tentando adquirir entradas, a demanda estabeleceu um recorde inédito para um concerto no Reino Unido — e consolidou a posição do grupo como o maior fenômeno do britpop na década de 1990.

No auge da fama e das paradas

O recorde de vendas não foi por acaso. Em maio de 1996, o Oasis vivia o auge absoluto da carreira. Sete meses antes, em outubro de 1995, a banda havia lançado o aclamado álbum “(What’s the Story) Morning Glory?”, que rapidamente se tornou um dos discos mais vendidos da história do Reino Unido, superando 22 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo.

Com hits como “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” e “Champagne Supernova”, o disco dominava as rádios e catapultava o grupo à fama global. Videoclipes desses singles estavam em alta rotação na MTV, enquanto jornais e revistas britânicas declaravam os irmãos Gallagher como os novos Beatles.

Knebworth 1996: o show de uma geração

Os concertos realizados em 10 e 11 de agosto de 1996 no Knebworth Park entraram para a história como os maiores da carreira da banda. Mais de 330 mil pessoas assistiram aos shows, que contaram com uma estrutura monumental e participação de nomes como The Prodigy, Manic Street Preachers, The Charlatans e The Chemical Brothers como atrações de abertura.

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