Difícil de encontrar: poucos torcedores ingleses viajam à Rússia para o Mundial
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Por Alexandra Ulmer e William Schomberg
VOLGOGRADO (Reuters) - Apenas um pequeno contingente de torcedores ingleses viajou à Rússia para acompanhar o início da campanha de sua seleção na Copa do Mundo, uma vez que muitos recuaram devido ao medo da violência e por uma crise diplomática entre Londres e Moscou.
Não mais que 2.500 torcedores ingleses são esperados em Volgogrado para o jogo de segunda-feira contra a Tunísia, de acordo com um porta-voz da embaixada britânica na Rússia, um número bastante inferior a de outros jogos da Inglaterra em Mundiais passados.
Entre os ingressos negociados por meio da Associação de Futebol inglesa para os jogos da primeira fase, apenas a partida com a Bélgica em Kaliningrado, a menor das três cidades-sede, está esgotada, segundo Kevin Miles, presidente da Federação de Torcedores de Futebol da Inglaterra.
As tensões entre os governos do Reino Unido e da Rússia após uma tentativa de assassinato de um ex-espião russo na Inglaterra em março, e as lembranças de confrontos entre torcedores russos e ingleses na Eurocopa de 2016 na França podem ter pesado para muitos torcedores ingleses desistirem de viajar.
Outros podem estar simplesmente pessimistas quanto às chances do time do técnico Gareth Southgate no Mundial, de acordo com Miles.
Mas para os torcedores ingleses que chegavam a Volgogrado, a cerca de 900 quilômetros ao sul de Moscou, não havia qualquer dúvida sobre a viagem.
Não pensei duas vezes. Minha mulher pensou duas vezes, três vezes e quatro vezes , disse Tom Trueman, ex-proprietário de uma empresa de táxis que está em sua sétima Copa do Mundo, tendo visto inclusive o torneio de 1966 quando a Inglaterra foi campeã em casa.
Segundo Miles, da associação de torcedores, o número total de torcedores ingleses na Rússia será de alguns poucos milhares, bem abaixo dos centenas de milhares que lotaram a França na Euro 2016 e animaram estádios com suas bandeiras.
(Reportagem adicional de Andrew Osborn e Michael Holden)
Escrito por Thomson Reuters
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