Diretora-geral da OMC planeja buscar segundo mandato
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Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, disse à Reuters nesta segunda-feira que buscará outro mandato de quatro anos no comando da instituição após um amplo impulso liderado pela África para iniciar o processo mais cedo, dizendo que espera concluir 'negócios inacabados' de seu primeiro mandato.
Okonjo-Iweala, de 70 anos e ex-ministra das Finanças da Nigéria, fez história ao se tornar em 2021 a primeira mulher e chefe africana do órgão comercial de 30 anos.
'Gostaria de fazer parte desse capítulo da história da OMC e estou pronta para concorrer ao cargo', disse Okonjo-Iweala à Reuters, citando uma carta que ela planeja enviar ao principal órgão decisório da OMC nesta segunda-feira.
'Em meu segundo mandato, pretendo me concentrar em cumprir o prometido', acrescentou ela, dizendo que entre as prioridades está a abordagem de 'negócios inacabados'.
Isso inclui um acordo sobre o fim dos subsídios à pesca e o um avanço em negociações agrícolas globais, bem como a reforma do sistema de disputas da OMC e a descarbonização do comércio.
Oficialmente, ela tem até o final de novembro para decidir se deseja se candidatar novamente. Mas o movimento liderado pela África para começar o processo mais cedo tem sido considerado como uma tentativa de garantir seu segundo mandato antes da eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro.
De acordo com as regras da OMC, isso seria possível se ninguém mais se candidatar e todos os membros a aceitarem.
Em 2020, o governo do ex-presidente Donald Trump bloqueou a nomeação de Okonjo-Iweala em uma medida considerada por alguns como um ataque a uma organização que ele descreveu como 'horrível'. Ela garantiu o apoio dos EUA quando Joe Biden sucedeu Trump em 2021.
Questionada se ela e a OMC poderiam ser bem-sucedidas se Trump for eleito este ano, ela disse: 'Não me concentro nisso porque não tenho controle.'
Escrito por Reuters
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