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Discussão com diretor de museu italiano alimenta debate sobre controle da cultura por governo Meloni

Placeholder - loading - Premiê italiana Giorgia Meloni em Roma  29/12/2022   REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Premiê italiana Giorgia Meloni em Roma 29/12/2022 REUTERS/Guglielmo Mangiapane

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Por Federico Maccioni

MILÃO (Reuters) - Uma briga entre o diretor de um prestigiado museu em Turim e políticos da coalizão de direita da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni inflamou um debate sobre se o governo está buscando controlar indevidamente a cultura.

Christian Greco dirige o Museu Egípcio na cidade do norte da Itália desde 2014. A instituição tem tido um aumento acentuado de venda de ingressos, com mais de 900 mil visitantes no local em 2022, alta de 6,3% em relação aos níveis anteriores à pandemia.

No entanto, Greco foi criticado por partidos de direita em 2018 quando lançou uma promoção oferecendo descontos para falantes de árabe em reconhecimento ao fato de que a coleção do museu veio do Egito -- a maior nação árabe.

O partido Irmãos da Itália, de Meloni, e seu aliado, a Liga, disseram que a redução de preços discriminava os italianos e, desde que assumiram o poder após as eleições do ano passado, eles voltaram a fazer a alegação.

'Ele é um diretor de esquerda que dirige o Museu Egípcio em Turim de maneira ideológica e racista contra os italianos e os cidadãos cristãos', disse o vice-chefe da Liga, Andrea Crippa, ao site Affaritaliani.it esta semana.

Em entrevistas a vários jornais nesta quinta-feira, Greco defendeu seu histórico e disse que os políticos italianos, ao contrário de seus colegas no exterior, tentam se intrometer em decisões técnicas sobre como os museus são administrados e como seus diretores são selecionados.

Greco disse estar confiante de que haverá transparência em futuras nomeações, mas afirmou que os políticos italianos precisam parar de interferir.

'Na Itália, a interferência política é excessiva, arruína certos equilíbrios e é um problema que sempre existiu', disse ele ao La Stampa.

Escrito por Reuters

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