Dívida pública federal sobe 3,10% em maio, a R$6,9 tri, diz Tesouro
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SÃO PAULO (Reuters) - A dívida pública federal subiu 3,10% em maio ante abril, para 6,912 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 6,627 trilhões de reais, com alta de 3,16%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 285,47 bilhões de reais, com elevação de 1,77%.
Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de maio, 22,68% correspondiam a títulos prefixados, 29,43% a títulos vinculados a índices de preços, 43,78% a papeis com taxas flutuantes e 4,11% a papeis cambiais.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro atualmente estabelece um parâmetro de 40% a 44% para títulos com taxas flutuantes ao final de 2024. Questionado sobre o fato de o percentual atual já estar muito próximo do teto do PAF, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Dias, lembrou que o Tesouro realiza duas revisões do plano durante o ano, em abril e em agosto.
'A gente vai rever, avaliar a necessidade de revisão do PAF em agosto', afirmou Dias, ressaltando que os parâmetros são para cumprimento no fim de dezembro.
'Temos tranquilidade para lidar com indicadores e as balizas do PAF rumo aos cumprimentos das metas e dos intervalos no fim do ano', acrescentou.
Em maio, o aumento de 3,10% da dívida pública deveu-se, conforme o relatório divulgado pelo Tesouro nesta quarta-feira, 'à emissão líquida, no valor de 146,71 bilhões de reais, e à apropriação positiva de juros, no valor de 61,38 bilhões de reais.'
O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública -- uma espécie de 'colchão' para o pagamento dos compromissos -- subiu 16,7% em termos nominais em maio, para 1,032 trilhão de reais. Na comparação com maio de 2023, a reserva de liquidez avançou 4,96%.
'A reserva de liquidez está bastante acima do nível que a gente considera prudencial', comentou Dias. 'Hoje o caixa é capaz de suportar oito meses de dívida vencendo no mercado.'
(Por Fabrício de Castro)
Escrito por Reuters
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