Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Dólar dispara em linha com emergentes após China retaliar tarifas dos EUA

Placeholder - loading - Nota de dólar 01/06/2017.     REUTERS/Thomas White/Illustration
Nota de dólar 01/06/2017. REUTERS/Thomas White/Illustration
Ver comentários

Publicada em  

Atualizada em  

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista disparava frente ao real nesta sexta-feira, em linha com os ganhos ante outras moedas emergentes e devolvendo as perdas da sessão anterior, à medida que cresciam os temores de uma guerra comercial global após a China retaliar as tarifas anunciadas nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 9h50, o dólar à vista subia 1,76%, a R$5,7281 na venda. Na semana, a divisa dos EUA acumula queda de 0,6%.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 1,62%, a R$5,753 na venda.

A China anunciou nesta sexta-feira medidas retaliatórias às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, incluindo taxas adicionais de 34% sobre todos os produtos norte-americanos e restrições à exportação de algumas terras raras. O Ministério das Finanças da China afirmou que as tarifas adicionais serão adotadas a partir de 10 de abril.

Trump havia anunciado na quarta-feira uma tarifa de 34% sobre a China, além dos 20% que ele já havia adotado neste ano, elevando o total de novas taxas para 54%. Ele apresentou uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações dos EUA, com tarifas mais altas para determinados parceiros.

'A resposta da China às novas tarifas dos EUA aumentou as preocupações do mercado. Não apenas com o impacto econômico direto dessas tarifas... A preocupação é que a medida possa levar a uma possível escalada adicional da guerra comercial pelo lado norte-americano', disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Diante da perspectiva de que as tensões comerciais possam escalar ainda mais, à medida que outros parceiros dos EUA, como a União Europeia, também preparam suas respostas às tarifas de Trump, os investidores voltavam a fugir de ativos mais arriscados em busca da segurança.

Na quinta-feira as moedas de países emergentes haviam sido beneficiadas pela fuga de risco global. A percepção era de que uma recessão econômica nos EUA levaria a cortes antecipados na taxa de juros pelo Federal Reserve, o que favoreceria o diferencial de juros desses países.

No Brasil, em particular, o fato de a taxação do país pelos EUA ter ficado restrita à alíquota mínima de 10% também havia sido motivo de alívio, deixado os agentes financeiros um tanto mais otimistas em relação ao país.

Na véspera, o dólar à vista fechou em baixa de 1,18%, a R$5,6290 -- menor cotação de fechamento desde 16 de outubro do ano passado.

Nesta sessão, no entanto, as divisas emergentes também eram afetadas pelo movimento de aversão, com o dólar avançando de forma acentuada sobre o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

No radar dos mercados ainda estavam novos dados de emprego da maior economia do mundo, com o governo norte-americano informando que foram abertos 228.000 postos de trabalho no país em março, acelerando em relação ao mês anterior e bem acima dos 135.000 previstos em pesquisa da Reuters.

Operadores precificam pelo menos quatro cortes de juros pelo Fed neste ano, à medida que projetam que o banco central dos EUA terá que atuar para tentar evitar uma recessão. Antes do anúncio de Trump, a projeção era de apenas duas reduções na taxa.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,18%, a 102,190.

No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a resposta brasileira às tarifas de Trump.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na quinta-feira que a tarifa de importação imposta pelos EUA ao Brasil é ruim, apesar de ter ficado no nível mínimo de 10%, e que os dois países terão uma nova rodada de negociações na próxima semana.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Loading Spinner

Carregando...

  1. Home
  2. noticias
  3. dolar abre em forte alta apos …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.