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Dólar tem leve alta com incerteza sobre política tarifária dos EUA

Placeholder - loading - Nota de dólar 22/06/2017   REUTERS/Thomas White/Illustration
Nota de dólar 22/06/2017 REUTERS/Thomas White/Illustration
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Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista tinha leve alta ante o real nesta quarta-feira, apesar das perdas da moeda norte-americana em outros mercados emergentes, à medida que a incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos compensava o otimismo com a possibilidade de negociações tarifárias entre Pequim e Washington.

Às 9h55, o dólar à vista subia 0,22%, a R$5,9036 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,32%, a R$5,909 na venda.

As perdas da moeda brasileira nesta sessão contrariavam o desempenho positivo de seus pares frente ao dólar, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno, que refletiam os preços mais altos do petróleo, com ganho de mais de 1%.

Por trás do apetite por risco estava uma crescente expectativa com a possibilidade de discussões tarifárias entre as duas maiores economias do mundo, após reportagem da Bloomberg News relatar que a China está aberta para conversas com os EUA, desde que haja demosntração de respeito.

As conversas poderiam levar a uma resolução da atual guerra comercial entre os dois países, que tem se intensificado desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas altas para uma série de parceiros em 2 de abril, resultando em trocas de retaliações por ambas as potências.

No momento, a taxa tarifária dos EUA sobre a China está em 145%, enquanto Pequim impôs tarifa de 125% sobre os produtos norte-americanos. Analistas temem que esse cenário possa levar a uma aceleração da inflação global e uma recessão econômica em vários países.

Os mercados emergentes ainda pareciam aliviados com recentes recuos de Trump em suas tarifas, após o presidente norte-americano implementar isenções para uma série de produtos eletrônicos e sinalizar a possibilidade de alteração em suas tarifas sobre automóveis e autopeças.

Por outro lado, Trump também já indicou a intenção de apresentar novas taxas sobre produtos farmacêuticos e chips semicondutores.

Já no Brasil, predominava a incerteza sobre a política comercial dos EUA, que tem sido um fator de aversão ao risco nas últimas semanas, uma vez que os investidores têm perdido a confiança nas autoridades norte-americanas em meio à sequência de ameaças e recuos consecutivos.

Essa desconfiança tem levado agentes financeiros a se desfazerem de suas posições compradas na moeda norte-americana, buscando outras moedas seguras, como o iene e o franco suíço, gerando fuga de risco em mercados com moedas mais arriscadas.

'Em um cenário de negociação das tarifas, com desaceleração americana, mas sem resultar em recessão global, é razoável esperar um enfraquecimento do dólar e consequente apreciação da moeda brasileira', disse o Itaú em relatório divulgado nesta quarta-feira.

'No entanto, a escalada da guerra comercial, com retaliações e consequente recessão global tenderia a aumentar a aversão ao risco e resultar numa taxa de câmbio mais depreciada', completou.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,40%, a 99,676.

As atenções estarão voltadas ao longo do dia para o início de negociações comerciais entre EUA e Japão, à medida que autoridades japonesas visitam Washington em busca de um alívio tarifário.

Também estará no radar um discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, às 14h30, no que serão seus primeiros comentários desde que Trump anunciou na semana passada uma pausa de 90 dias para a maioria de suas tarifas 'recíprocas'.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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