Economia do Reino Unido encolhe e testa determinação do BC britânico sobre juros
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Por William Schomberg e Andy Bruce
LONDRES (Reuters) - A economia britânica encolheu em outubro, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira, aumentando o risco de uma recessão e testando a determinação do Banco da Inglaterra de manter sua linha dura anti-inflação contra cortes de juros, que estão em seu nível mais alto em 15 anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,3% em relação a setembro, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais, acrescentando que o tempo excepcionalmente úmido pode ter afetado os dados.
Os economistas consultados pela Reuters não esperavam nenhuma mudança no PIB em outubro.
Essa foi a primeira vez desde julho que o PIB encolheu em uma base mensal.
Os investidores aumentaram suas apostas de que o Banco da Inglaterra começará a cortar as taxas de juros em junho de 2024, e o rendimento dos títulos do governo britânico de dez anos caiu para seu nível mais baixo desde maio.
Entretanto, a expectativa geral é de que o banco central mantenha a taxa de juros em 5,25% na quinta-feira e sinalize mais uma vez que não está próximo de reduzi-la, já que tenta garantir que a taxa de inflação ainda alta da no Reino Unido -- 4,6% em sua leitura mais recente, em outubro -- fique sob controle.
Paul Dales, economista-chefe da Capital Economics para o Reino Unido, disse que os dados de outubro sugerem que o Reino Unido pode estar em uma recessão.
'Isso pode levar o Banco da Inglaterra um pouco mais perto de cortar as taxas de juros, embora, ao deixar as taxas em 5,25% amanhã, o Banco provavelmente se oporá à ideia de cortes nas taxas no curto prazo', disse Dales.
Elizabeth Martins, do HSBC, disse que ainda esperava outra votação de 6 a 3 do Comitê de Política Monetária do BoE para manter as taxas inalteradas, mas os dados fracos do PIB -- publicados um dia depois de sinais de desaceleração do crescimento dos salários - poderiam levar alguns dos três membros que querem aumentar as taxas a se juntarem à maioria que não quer mudanças.
Escrito por Reuters
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