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Economista-chefe do FMI diz que bancos centrais devem preservar a independência

Placeholder - loading - Economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, conversa com chair do Fed, Jerome Powell 19/04/2024. REUTERS/Ken Cedeno/File Photo
Economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, conversa com chair do Fed, Jerome Powell 19/04/2024. REUTERS/Ken Cedeno/File Photo
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Por Andrea Shalal e Francesco Canepa

WASHINGTON (Reuters) - O economista-chefe do FMI, questionado nesta terça-feira sobre os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou a importância de preservar a independência dos bancos centrais para manter sua credibilidade no combate à inflação.

Pierre-Olivier Gourinchas disse que os bancos centrais enfrentam um momento delicado na gestão da inflação, especialmente em países como os Estados Unidos, onde se espera que as tarifas de Trump sobre produtos importados estimulem a inflação.

'O mais importante é garantir que as expectativas de inflação permaneçam ancoradas, que todos continuem convencidos de que os bancos centrais farão o que for necessário para trazer a inflação de volta às metas do banco central de forma ordenada', disse ele.

Os bancos centrais têm ferramentas para fazer isso, incluindo instrumentos de taxa de juros, seguros e política de gestão, mas sua credibilidade desempenha um papel central, disse Gourinchas.

'Portanto, os bancos centrais precisam manter a credibilidade, e parte da credibilidade é construída com base na independência do banco central. Portanto, sob essa perspectiva, é muito importante preservá-la', disse ele a repórteres durante as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

Trump criticou o Fed por não reduzir a taxa de juros com a rapidez necessária. O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse na sexta-feira que Trump e sua equipe continuavam estudando se poderiam demitir Powell, enquanto Trump disse na segunda-feira que a economia pode desacelerar a menos que os juros sejam reduzidos imediatamente.

Investidores disseram que estavam começando a levar a sério a possibilidade de uma tentativa de demitir Powell, apesar das barreiras para isso.

Não está claro se Trump teria permissão legal para remover Powell, que é nomeado pelo presidente, mas confirmado pelo Senado. A pressão de Trump para destituir membros de outras agências independentes está sendo julgada pela Suprema Corte.

Suas repetidas críticas ao Fed e ao chair do banco central assustaram os mercados, fazendo com que Wall Street recuasse na segunda-feira, embora tenha recuperado algum terreno nesta terça já que os investidores se concentraram nos balanços das empresas.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ressaltou em uma entrevista à CNBC seu apoio a Powell, cujo mandato termina em maio de 2026.

'Ambos estamos acostumados à pressão política, de uma forma ou de outra. Mas, como eu disse, tenho imenso respeito pelo trabalho que ele faz e por sua lealdade ao cargo e por ser o mais diligente e disciplinado possível para cumprir seu mandato. Para ele, acho que tenho certeza, assim como para mim, o mandato é a nossa bússola. Temos que cumprir nosso mandato', disse Lagarde.

Questionada se uma tentativa da Casa Branca de remover Powell representaria um risco material para os mercados, Lagarde disse: 'Não vou comentar sobre as reações do mercado a hipóteses que, espero, não estejam em discussão.'

(Reportagem de Andrea Shalal e David Lawder)

Escrito por Reuters

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