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'El Loco': libertário Javier Milei abala o establishment político argentino

Placeholder - loading - Candidato presidencial argentino Javier Milei em ato de campanha em Buenos Aires 25/09/2023 REUTERS/Cristina Sill
Candidato presidencial argentino Javier Milei em ato de campanha em Buenos Aires 25/09/2023 REUTERS/Cristina Sill
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Por Anna-Catherine Brigida

BUENOS AIRES (Reuters) - Com cabelos bagunçados e costeletas impetuosas -- e às vezes portando uma serra elétrica -- o economista libertário Javier Milei se tornou a imagem de destaque nas eleições presidenciais da Argentina e se tornou o candidato a ser derrotado.

Um estranho azarão até poucos meses atrás, o ex-roqueiro e comentarista polêmico de programas de rádio, de 52 anos, enviou ondas de choque pela arena política ao chegar ao topo nas primárias de agosto, e agora está em primeiro lugar nas pesquisas antes da votação do próximo domingo.

Uma campanha agressiva e colorida, que vai desde a promessa de “incendiar” o Banco Central até o uso de uma serra elétrica em comícios para simbolizar seus planos de cortar gastos, incitou multidões de eleitores irritados com a inflação de 138% e com uma dolorosa crise de custo de vida.

“Ele conseguiu recuperar algo que se perdeu na política argentina, que é oferecer esperança”, disse Juan Luis González, jornalista argentino que escreveu um livro sobre Milei intitulado “El Loco”.

González, um crítico de Milei em geral, disse que ele conseguiu se apresentar como algo novo para desenraizar a elite política, que os eleitores culpam pelas décadas de mal-estar econômico, que se agravou de forma acentuada nos últimos anos.

“Ele é um líder instável para um país instável”, diz o jornalista.

Milei, cujo carisma ousado lembra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, ou o italiano Beppe Grillo, propõe dolarizar a economia, acabar com os controles cambiais, fechar o banco central e cortar drasticamente os gastos do Estado. Ele também defende controles mais flexíveis sobre armas e regras mais rígidas sobre o aborto.

“Ele é a mudança que a Argentina precisa”, disse Ayrton Ortiz, de 28 anos, em um recente comício de Milei na província de Buenos Aires em apoio ao candidato. Milei atraiu os eleitores jovens do país, especialmente os homens.

Milei, que entrou na política há apenas alguns anos citando um chamado de Deus, enfrentará o atual ministro peronista da Economia, Sérgio Massa, e a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich, do bloco conservador Juntos pela Mudança.

Seus apoiadores costumam usar a etiqueta “Forças do Céu” em bonés e memes da Internet, enquanto Milei fala em fazer “jornadas espirituais”. No entanto, ele também criticou o papa como “socialista” e “representante do mal”.

Representando a coligação libertária Libertad Avanza, ele está no topo de uma onda de sentimento anti-establishment que varre a região.

'Em termos de lógica política, sou um erro, porque o que vim fazer é, na verdade, acabar com os privilégios dos políticos', disse Milei à Reuters numa entrevista no ano passado, quando começava a subir nas pesquisas. 'Não me importa quem sejam meus rivais nas urnas, vou vencer todos eles.'

MURRAY, MILTON, ROBERT E LUCAS

Milei tem um pequeno círculo de confidentes, incluindo sua irmã Karina, que agora é sua gerente de campanha e que ele brincou no início deste ano que poderia se tornar sua “primeira-dama”.

Seu outro companheiro mais próximo era seu cachorro Conan, que ele pagou 50 mil dólares para clonar após sua morte em 2017, disse o biógrafo González. Ele agora tem quatro cães: Murray, Milton, Robert e Lucas, batizados em homenagem a economistas liberais, entre eles Milton Friedman.

Milei passou a maior parte de sua carreira como economista em negócios e na mídia. Ele trabalhou para um dos líderes empresariais mais ricos da Argentina, Eduardo Eurnekian, que se tornou um dos primeiros apoiadores de sua campanha, mas que recentemente o criticou como um potencial ditador.

O estilo impetuoso de Milei de atacar os críticos que ele denuncia como “comunistas” e “a casta política” lhe rendeu milhões de seguidores nas redes sociais, mas deu aos críticos motivos para dizer que ele não é adequado para o cargo.

Aqueles que trabalham com a sua campanha dizem que foi a sua autenticidade que o tornou tão bem sucedido, especialmente com dois quintos da população na pobreza e à procura de uma nova voz.

“Você pode gostar dele ou não, mas ele é ele mesmo”, disse Fernando Cerimedo, consultor político que trabalha na campanha de Milei.

ESPERANÇA OU FANTASIA?

Os críticos dizem que Milei é um populista que promete soluções irreais para problemas complexos, e que não será capaz de implementar os seus planos, especialmente porque a sua coligação terá poucos líderes governamentais locais e enfrentará um Congresso fragmentado.

Fernando Morra, ex-vice-ministro da Economia peronista durante o atual governo, admitiu que Milei energizou os eleitores, mas alertou que muitas de suas propostas eram difíceis de implementar ou poderiam piorar as coisas, alimentando a raiva dos eleitores.

“Os eleitores de Milei estão entusiasmados, alguns dos poucos vão para as eleições com esperança, mas o problema é o que vai acontecer se houver decepção?”, disse.

Muitos eleitores de Milei dizem que estão dispostos a correr o risco.

“Durante toda a minha infância, vi como o dinheiro não chegava. No final do mês, você vê como eles contam centavos e choram”, disse a eleitora de Milei Valentina Brites, de 18 anos.

'Javier chegou e você pôde ver: isso é algo diferente. Nada do que eles fizeram antes mudou alguma coisa.'

(Reportagem de Anna-Catherine Brigida; reportagem adicional de Eliana Raszewksi e Candelaria Grimberg)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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