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Eleição no Japão testará partido governista e pode trazer incertezas

Placeholder - loading - Primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, discursa em evento de campanha em Toyonaka, na região de Osaka 24/10/2024 Kyodo/via REUTERS
Primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, discursa em evento de campanha em Toyonaka, na região de Osaka 24/10/2024 Kyodo/via REUTERS
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Por Tim Kelly

TÓQUIO (Reuters) - Os eleitores do Japão podem acabar com mais de uma década de domínio do Partido Liberal Democrático (PLD) no domingo, forçando o partido governista a fazer acordos de compartilhamento de poder que podem prejudicar a liderança do país.

A eleição geral japonesa, nove dias antes dos Estados Unidos escolherem um novo presidente, acrescenta incerteza a um cenário geopolítico já turbulento, uma vez que o governo de Tóquio enfrenta tensões crescentes com a vizinha China e a inflação pressiona as famílias japonesas.

O PLD conservador do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, no governo durante quase toda a era pós-guerra, tem a maioria na câmara baixa do Parlamento desde 2012, governando em coalizão com o Komeito, do qual depende para controlar a câmara alta, menos poderosa.

Mas o descontentamento com um escândalo de financiamento político do PLD e o aumento do custo de vida na quarta maior economia do mundo ameaçam o partido governista.

'A raiva do público não diminuiu. A eleição será muito acirrada para o PLD', disse Tomoaki Iwai, professor emérito da Universidade Nihon e especialista em dinheiro na política.

Uma pesquisa de opinião publicada no jornal Asahi na segunda-feira sugeriu que o partido poderia perder até 50 de seus 247 assentos na câmara baixa e o Komeito poderia ficar com menos de 30, colocando a coalizão abaixo dos 233 necessários para a maioria.

O PLD continuará facilmente a ser a maior força no Parlamento, mas muitos votos poderão ir para o segundo partido, o Partido Democrático Constitucional do Japão (PDCJ), da oposição, que derrotou o PLD em 2009. O PDCJ poderá conquistar 140 cadeiras, segundo estimativa do Asahi.

Se o PLD precisar contar com o Komeito para formar um governo, isso daria mais influência ao seu parceiro menor.

O Komeito, afiliado à maior organização budista leiga do Japão, tem se mostrado relutante em apoiar as decisões que considera um afastamento do pacifismo do Japão do pós-guerra, como a aquisição de armas de longo alcance que o PLD argumenta serem necessárias para impedir que a China inicie uma guerra no Leste Asiático.

POSSÍVEL MUDANÇA NA COALIZÃO

Se a coalizão perder sua maioria, o PLD precisará do apoio de pelo menos um outro partido, o que limitará ainda mais a política de Ishiba e, possivelmente, complicará os esforços do Banco do Japão para desfazer décadas de estímulo monetário.

Entre os possíveis parceiros estão o Partido Democrático para o Povo (PDP), que tinha sete legisladores na Câmara dos Deputados na eleição e defende impostos mais baixos, e o conservador Partido da Inovação do Japão, que está defendendo 44 cadeiras com a promessa de regras de doação mais rígidas para limpar a política.

'Uma coalizão com o PDP poderia acontecer, mas o desafio seria conciliar sua pressão por cortes de impostos', disse Masafumi Fujiwara, professor associado da Universidade de Yamanashi.

O PDP quer reduzir pela metade o imposto nacional sobre vendas de 10% do Japão e cortar o imposto de renda, políticas que não são apoiadas pelo PLD.

Até o momento, o líder do PDP, Yuichiro Tamaki, rejeitou a ideia de trabalhar com uma coalizão liderada pelo PLD. O líder do Partido da Inovação, Nobuyuki Baba, não descartou a possibilidade de uma parceria.

Uma opção para Ishiba poderia ser reintegrar os legisladores expulsos do PLD por causa do escândalo que concorrem como independentes em distritos eleitorais onde o partido não está apresentando candidatos.

'Espera-se que vários desses candidatos questionáveis vençam e, ao endossá-los oficialmente, o PLD poderia garantir por pouco uma maioria de partido único', disse Tadashi Mori, professor de Ciências Políticas da Universidade Aichi Gakuin.

Mas isso seria arriscado para Ishiba. O escândalo sobre doações não declaradas em eventos de arrecadação de fundos é um fator que a maioria dos eleitores está avaliando, de acordo com a pesquisa da Asahi.

Fumio Kishida renunciou ao cargo de primeiro-ministro no mês passado por causa do escândalo, embora não tenha sido implicado. Ishiba, na esperança de aproveitar a mudança e solidificar o domínio do PLD no poder, convocou imediatamente uma eleição antecipada, mas sua popularidade e as perspectivas do PLD caíram desde que assumiu o cargo em 1º de outubro.

O apoio ao seu gabinete caiu de 44% para 41% em uma semana, de acordo com uma pesquisa publicada pela emissora pública NHK na segunda-feira.

Se o PLD não conseguir formar uma coalizão de governo, o PDCJ, de centro-esquerda, poderá tentar montar um governo a partir de uma colcha de retalhos de partidos de oposição. O partido, liderado pelo ex-primeiro-ministro Yoshihiko Noda, descartou a possibilidade de formar uma coalizão com o PLD.

'Seria muito desafiador ver o PDCJ formando um governo com os outros partidos de oposição, devido à diferença de suas visões políticas', disse Rintaro Nishimura, associado da empresa de consultoria Asia Group Japan. 'A instabilidade política realmente ocorre independentemente de quem vencer.'

(Reportagem de Tim Kelly e Yoshifumi Takemoto)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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