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Eleição no Uruguai vai para 2º turno e reforma da previdência deve ser rejeitada

Placeholder - loading - Apoiadores da Frente Ampla em Montevidéu  27/10/2024    REUTERS/Mariana Greif
Apoiadores da Frente Ampla em Montevidéu 27/10/2024 REUTERS/Mariana Greif

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Por Lucinda Elliott

MONTEVIDÉU (Reuters) - Os resultados oficiais da eleição presidencial no Uruguai mostravam que o candidato de centro-esquerda Yamandu Orsi provavelmente enfrentará o conservador Álvaro Delgado em um segundo turno no próximo mês, já que nenhum candidato garantiu a maioria necessária para vencer.

Dos 60% dos votos apurados, Orsi obteve 41,5% de apoio, de acordo com a contagem oficial de domingo. Delgado garantiu 28,69%, enquanto Andrés Ojeda, um conservador jovem e experiente em mídia social, tinha 16,8%.

Ojeda se comprometeu a apoiar Delgado para impedir uma vitória da esquerda.

Se nenhum candidato presidencial conquistasse mais de 50% dos votos no domingo, um segundo turno seria realizado em 24 de novembro.

A disputa uruguaia entre dois candidatos de centro contraria uma tendência latino-americana de divisões acentuadas entre direita e esquerda, com uma sobreposição significativa entre as principais coalizões conservadoras e liberais.

A nação de 3,4 milhões de habitantes, conhecida por suas praias, maconha legalizada e estabilidade, também votou no domingo para seu próximo vice-presidente e membros do Parlamento.

A contagem dos votos também estava em andamento para dois plebiscitos obrigatórios - um sobre uma reforma previdenciária que reduziria a idade de aposentadoria em cinco anos, para 60 anos, e outro que aumentaria os poderes da polícia para combater o crime relacionado às drogas. As pesquisas de boca de urna mostram que ambos foram provavelmente rejeitados.

Os uruguaios parecem ter rejeitado a reforma previdenciária de 22,5 bilhões de dólares, de acordo com duas pesquisas de boca de urna realizadas no domingo, afastando os temores de investidores e políticos de que a reforma poderia prejudicar a economia. Segundo as pesquisas locais Cifra e Equipos Consultores, 61% dos eleitores elegíveis rejeitaram a proposta, contra 39% que votaram a favor.

O referendo sobre segurança também fracassou, de acordo com a Equipos Consultores, garantindo menos de 40% de apoio.

Quando as seções eleitorais fecharam no domingo, centenas de apoiadores da Frente Ampla na capital Montevidéu, onde os moradores historicamente apoiam a centro-esquerda, reuniram-se em um palco com vista para a orla da cidade para aguardar os resultados.

'Somos o partido que mais cresceu nesta eleição', disse Orsi, dirigindo-se à multidão no palco.

'Nesses próximos 27 dias, vamos dar o último empurrão, com mais vontade do que nunca', acrescentou.

No entanto, os resultados mostraram que os conservadores unidos poderiam vencer a esquerda em um segundo turno.

A coalizão conservadora no poder está com dificuldade para defender seu histórico de segurança, mas espera que os sucessos na economia - com o emprego e os salários reais em alta - possam ser suficientes para convencer os eleitores em um segundo turno a escolher a continuidade em vez da mudança.

'Estou convencido de que todo o trabalho que realizamos e o que representamos serão bem-sucedidos', disse Delgado no domingo.

(Reportagem de Lucinda Elliott em Montevidéu, reportagem adicional de Ana Ferreira em Treinta y Tres, Uruguai, e Daniela Desantis em Assunção)

Escrito por Reuters

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