Eleição presidencial terá 2º turno entre Bolsonaro e Haddad, diz Datafolha
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Por Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - A eleição presidencial deste ano terá uma batalha num segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), apontou projeção do instituto Datafolha, baseada nos dados da apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com 85,86 por cento das seções eleitorais apuradas, Bolsonaro aparece com 47,60 por cento dos votos, enquanto Haddad tem 27,24 por cento. Ciro Gomes (PDT) soma 12,45 por cento e Geraldo Alckmin (PSDB) tem 4,97 por cento.
Mantido o cenário atual e confirmado o que aponta a pesquisa de boca de urna do Ibope, Bolsonaro e Haddad deverão fazer um segundo turno de caráter plebiscitário: de um lado o antipetismo, encarnado pelo ex-capitão, de outro o petismo e o lulismo, representado por Haddad.
Os dois candidatos registraram índice elevado de rejeição entre o eleitorado, segundo pesquisas de opinião.
'Muito provavelmente nós vamos ter uma eleição de segundo turno que vai estar muito mais marcada por elementos negativos --quer dizer, Haddad tentando desconstruir Bolsonaro e Bolsonaro tentando desconstruir Haddad-- do que de fato por uma lógica de valores positivos', disse o cientista político Creomar de Souza, da Universidade Católica de Brasília.
Mais cedo, pesquisa de boca de urna do Ibope apontou Bolsonaro com 45 por cento dos votos válidos, seguido por Haddad, com 28 por cento, Ciro Gomes (PDT), com 14 por cento, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 4 por cento.
O Ibope entrevistou 30 mil eleitores neste domingo. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
A divulgação da boca de urna foi recebida com festa entre petistas que estão reunidos em São Paulo acompanhando a apuração junto com Haddad, após momentos de tensão com a divulgação das boca de urnas estaduais.
Mais cedo, pesquisas de boca de urna e as apurações para governos estaduais e para vagas no Senado mostraram resultados supreendentes, com a ascensão de candidatos ligados a Bolsonaro em grandes colégios eleitorais, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
(Reportagem adicional de Mateus Maia, em Brasília)
Escrito por Thomson Reuters
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