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Eleições na Alemanha filha de refugiados, candidata quer dar voz a imigrantes

Filha de refugiados paquistaneses, Hibba-Tun-Noor Kauser é candidata a deputada na Alemanha. Na pequena cidade onde mora, mais de 60% têm origem estrangeira. A jovem quer representar esses imigrantes,

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Hibba-Tun-Noor Kauser nasceu num abrigo para refugiados na Alemanha há 21 anos. Seus pais fugiram da perseguição religiosa no Paquistão. Agora, ela é candidata a deputada pelo partido de centro-esquerda SPD. Ela tem um assento na Câmara Municipal de Offenbach, e uma de suas atividades é falar diretamente com moradores sobre suas necessidades.

Hibba-Tun-Noor Kauser: “O plano é com nosso bom humor, descer até o rio para tentar falar com as pessoas.”

Mais de 60% dos moradores da cidade tem origem migratória. Apenas 25% são cidadãos alemães com direito a voto.

“Cresci aqui em Offenbach. Mas não posso votar, pois só tenho passaporte turco.”

Hibba-Tun-Noor Kauser: “Isso significa que suas decisões são tomadas, e você não tem direito de decidir junto. Eu acho isso uma droga, para ser bem honesta.”

O sistema educacional da Alemanha pode ser um desafio para pessoas com origem migratória, assim como o mercado de trabalho. Imigrantes ganham em média, menos na Alemanha, do que pessoas sem origem estrangeira.

Hibba-Tun-Noor Kauser: “As eleições gerais serão no dia 26 de setembro. O senhor vai voltar?”

“Sim”.

Hibba-Tun-Noor Kauser: “Posso perguntar quais são os temas mais importantes para você na Alemanha?”

“Somos trabalhadores braçais. Queremos que os nossos salários reflitam a inflação. Os alimentos ficaram mais caros, então os nossos salários deveriam subir também.”

Hibba-Tun-Noor Kauser:” Vai votar no SPD, “inshallah?”

“Inshallah.”

Mais de 10 milhões de pessoas no país não tem cidadania alemã, e não poderão votar nas próximas eleições gerais. Muitos dos que poderiam votar se abstêm. Hibba-Tun-Noor Kauser acredita que isso seja o resultado de uma campanha eleitoral unilateral.

Hibba-Tun-Noor Kauser:” O problema é que as pessoas não são abordadas. Muitos não fazem isso. Muitos candidatos se dirigem a grupos específicos, que eles acham que tem o direito de votar. Geralmente, se aproximam das pessoas brancas. Mas não se preocupam com as pessoas que se parecem comigo. Percebemos que funciona quando conversamos com as pessoas. Elas estão abertas para dividir seus problemas.”

A jovem diz que já enfrentou racismo na carreira política.

Hibba-Tun-Noor Kauser:” Houve situações, fora do centro da cidade, onde pessoas disseram: Numa estrangeira como você, eu não voto.”

Apesar das adversidades, Hibba-Tun-Noor Kauser foi eleita para a Câmara Municipal. Agora, ela quer dar voz as minorias no Bundestag, o parlamento alemão.

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Escrito por DW

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