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Eletrobras critica pronunciamentos 'oportunísticos' em disputa por vaga no conselho

Placeholder - loading - FILE PHOTO: The logo for Eletrobras, a Brazilian electric utilities company, is displayed on a screen on the floor at the New York Stock Exchange (NYSE) in New York, U.S., April 9, 2019. REUTERS/Brend
FILE PHOTO: The logo for Eletrobras, a Brazilian electric utilities company, is displayed on a screen on the floor at the New York Stock Exchange (NYSE) in New York, U.S., April 9, 2019. REUTERS/Brend
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SÃO PAULO (Reuters) - Em nova carta direcionada a acionistas, a Eletrobras criticou pronunciamentos 'oportunísticos, midiáticos e intempestivos' ocorridos em meio à disputa por vagas em seu conselho de administração, e voltou a defender a renovação do colegiado com a eleição de seus candidatos recomendados.

O posicionamento divulgado pela companhia elétrica nesta quinta-feira tem como pano de fundo a disputa de candidaturas na primeira grande reformulação do conselho de administração desde a privatização, com eleição que acontecerá na assembleia de acionistas marcada para 29 de abril.

De um lado, a Eletrobras defende sua lista recomendada de conselheiros, que inclui indicados pela União, recondução da maioria dos membros atuais e a entrada de um novo nome, Carlos Marcio Ferreira, executivo experiente no setor elétrico.

Em paralelo, entram na concorrência figuras reconhecidas nessa área de atuação, como Marcelo Gasparino, que é atualmente conselheiro da Eletrobras, mas não foi incluído na recomendação formulada pela empresa, e José João Abdalla Filho, investidor e importante acionista individual da Eletrobras.

Gasparino tem feito críticas públicas ao processo de reformulação do conselho da Eletrobras em suas redes sociais, além de pedir votos e defender a adoção do voto múltiplo, dinâmica que poderia favorecer candidatos avulsos indicados por acionistas.

Sem citar nomes, a carta assinada pelo chairman Vicente Falconi diz que a Eletrobras lamenta 'certos pronunciamentos públicos' relacionados ao processo, e alerta que 'as indicações formuladas por acionistas para concorrer a cargos no conselho de administração... não foram motivadas por interações prévias desses mesmos acionistas com o conselho de administração'.

Gasparino foi indicado agora para disputar novamente vaga no conselho da Eletrobras pelos acionistas Geração L. Par, Tempo Capital Principal, RPS e Clave. Esse grupo também indicou Rachel Maia, na votação de preferencialistas, para concorrer com Pedro Batista, sócio da Radar Gestora.

Já José João Abdalla Filho se indicou por meio de um fundo do Banco Clássico, do qual é dono.

Na carta, a Eletrobras diz que nunca será conivente 'com a falta da verdade e com a distorção de fatos, especialmente quando denotam pronunciamentos absolutamente contraditórios aos posicionamentos adotados oficialmente na mesa e nas atas das reuniões, e absolutamente oportunísticos, midiáticos e intempestivos, que denotam uma preocupação com a candidatura eleitoral, e não com os reais interesses da companhia'.

A companhia também ressaltou que não há representantes de acionistas minoritários, uma vez que a empresa passou a ter capital pulverizado, isto é, não tem um acionista majoritário ou grupo de acionistas controladores.

Na carta, a Eletrobras afirma que reconhece a legitimidade das indicações de conselheiros formuladas por acionistas, mas que ressalta que 'os candidatos propostos pela administração traduzem os melhores interesses dos acionistas e da própria companhia'.

'Trata-se de um colegiado preparado, legítimo e plural, com plena capacidade de liderar a companhia diante dos desafios da descarbonização, da inovação tecnológica e da consolidação da Eletrobras como protagonista global da transição energética', diz o documento.

(Por Letícia Fucuchima)

Escrito por Reuters

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DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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