Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Eletronuclear avalia que saída da Eletrobras não inviabilizaria Angra 3, diz CEO

Placeholder - loading - Logo da Eletrobras na Bolsa de Valores de Nova York 09/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Logo da Eletrobras na Bolsa de Valores de Nova York 09/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Ver comentários

Publicada em  

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Uma esperada venda da fatia minoritária da Eletrobras na Eletronuclear não vai inviabilizar financeiramente a retomada do projeto Angra 3, nem criaria dificuldades econômico-financeiras para a geradora nuclear, já que a empresa conta com apoio do governo federal, disse à Reuters o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo.

A declaração acontece em momento em que a Eletrobras dá passos para vender sua participação remanescente representativa de 35,30% em ações ordinárias na Eletronuclear, após a privatização em 2022 ter repassado o controle da empresa nuclear para a estatal ENBPar.

A Eletrobras deve se desfazer da fatia na Eletronuclear por meio da atração de um novo sócio, em operação que conta com o apoio do governo federal, após acordo no Supremo Tribunal Federal que envolveu negociações sobre poder de voto do Estado na ex-estatal.

'A União pode assumir integralmente (a parte da Eletrobras), pode ser vendido para um terceiro que for comprar, que não deve ser uma empresa neófita, deve ser uma empresa de porte', disse o executivo da Eletronuclear à Reuters.

Lycurgo evitou fazer maiores comentários sobre o processo em andamento conduzido pela Eletrobras.

Como parte desse processo de saída da Eletrobras da Eletronuclear, a elétrica anunciou nesta sexta-feira que assinou com a ENBPar para a rescisão do acordo de investimento em Angra 3.

Segundo o executivo, há alternativas, quando a Eletrobras deixar definitivamente a Eletronuclear, para a empresa estatal nuclear seguir fortalecida e para manter o projeto bilionário de Angra 3, seu empreendimento mais desafiador.

Por outro lado, mesmo pelo acordo que foi rescindido, a estatal nuclear já ficaria com a maior parte do financiamento de Angra 3, lembrou o CEO.

'O acordo de investimentos que a Eletrobras tinha com a União, e que foi suspenso agora, não dizia que a Eletrobras tinha que pagar 33% do custo da usina. É só o 'equity' de R$800 milhões. O resto é a Eletronuclear que vai financiar', afirmou.

Conforme Lycurgo, a Eletronuclear se comprometeu a financiar no mercado 90% da retomada da obra bilionária de Angra 3, com custos calculados em cerca de R$23 bilhões, com outros sócios ficando com o restante, pelo acordo rescindido.

Como parte do acordo fechado entre Eletrobras e União, ficou definido que o BNDES deverá estruturar uma nova modelagem para a conclusão da construção de Angra 3.

Além disso, a Eletrobras se comprometeu a apoiar a extensão de vida útil de Angra 1: a Eletronuclear emitirá R$2,4 bilhões em debêntures conversíveis, que serão adquiridas pela Eletrobras de acordo com o andamento do projeto.

PROBLEMAS COM GASTOS

O montante a ser destinado à Angra 3, contudo, parece mais desafiador também pelo fato de a Eletronuclear estar sofrendo com desequilíbrio financeiro, principalmente em função de elevados gastos com pessoal, sem cobertura tarifária de Angra 1 e 2 suficiente para cobri-los.

Lycurgo estima que a Eletronuclear tenha uma receita livre cerca de R$2 bilhões com a geração de energia de Angra 1 e 2, e mais de R$1 bilhão em gastos de pessoal.

Essa situação levou a empresa a implementar recentemente um amplo plano de corte de despesas, inclusive com demissões.

Mesmo sem futuro definido, Angra 3 tem peso significativo nas contas da Eletronuclear. A estimativa é de que, mesmo parado, o projeto custe anualmente mais de R$200 milhões para a empresa nuclear, entre manutenção e profissionais.

O projeto de Angra 3, que data da década de 1980, foi paralisado por diversas vezes ao longo dos anos e ainda não teve sinal verde do governo para ser reiniciado. A expectativa é que o tema volte à pauta na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Os gastos com profissionais da Eletronuclear são outra variável relevante nas despesas da geradora: são mais de 3 mil funcionários diretos e indiretos para cuidar das duas usinas em operação, além dos equipamentos já adquiridos e manutenção de Angra 3. O número é considerado acima de parâmetros internacionais.

No ano passado, a empresa abriu um plano de demissão voluntária (PDV) que poderia contemplar quase 500 colaboradores, mas apenas 133 aderiram. Diante da baixa adesão e da necessidade de ajustes econômico-financeiros, a empresa fará este ano um desligamento compulsório de 90 empregados que já estão aposentados e têm salários mais elevados.

Somente com o plano de desligamento compulsório, a Eletronuclear espera economizar R$70 milhões ao ano. Junto com o PDV de 133 empregados, a economia anual deve chegar a R$160 milhões, perto da meta traçada de R$200 milhões ao ano.

A empresa busca ainda outras fontes de redução de custos e aumento de produtividade para conseguir se adequar aos parâmetros de custos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO) estabelecidos pela agência reguladora Aneel já em 2026.

'Não vamos reduzir custos ou pessoas na base da marretada... Não faremos nenhum movimento abrupto. Segurança para nós é prioridade 1, 2 e 3', disse o presidente da Eletronuclear, ao frisar não devem ser necessários mais cortes de pessoal após a realização dos últimos planos de demissão.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

6 H
  1. Home
  2. noticias
  3. eletronuclear avalia que …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.