Elon Musk e chefe da OMS discutem no Twitter sobre papel da agência da ONU
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GENEBRA (Reuters) - O presidente-executivo do Twitter, Elon Musk, disse nesta quinta-feira que os países não devem 'ceder autoridade' à Organização Mundial da Saúde (OMS), e o chefe da agência de saúde da Organização das Nações Unidas rapidamente rechaçou os comentários do empresário.
'Os países não devem ceder autoridade à OMS', escreveu Musk na sua conta no Twitter, que tem mais de 132 milhões de seguidores, em resposta a um vídeo do senador australiano Malcolm Roberts criticando a organização.
“Os países não estão cedendo soberania à @OMS”, escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em resposta. 'O #PandemicAccord não mudará isso. O acordo ajudará os países a se protegerem melhor contra pandemias', acrescentou.
Em comentários separados na coletiva de imprensa semanal da OMS nesta quinta-feira, Tedros disse que a alegação de que o tratado pandêmico fará com que os países entreguem poder à OMS é 'simplesmente falsa' e uma 'notícia falsa'.
“Se algum político ou empresário, ou qualquer pessoa, estiver confuso sobre o que é e o que não é o acordo pandêmico, ficaremos mais do que felizes em discuti-lo e explicá-lo”, disse Tedros, em uma aparente referência aos comentários de Musk.
Desde que a Covid-19 surgiu pela primeira vez, há mais de três anos, a OMS tem reclamado de uma 'infodemia' de informações parciais e desinformação em torno da pandemia.
Em alguns casos, a agência da ONU tem sido alvo direto de tais ataques, com alguns comentaristas acusando-a de tentar arrancar a política de saúde dos governos, especialmente desde que começaram as negociações internacionais entre os Estados membros sobre um novo tratado pandêmico para evitar e lidar com futuros surtos.
(Reportagem de Emma Farge e Gabrielle Tétrault-Farber em Genebra e Leroy Dsouza em Bengaluru)
Escrito por Reuters
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