Em determinados casos, exercícios físicos surtem mais efeito que medicação
Duas revisões de estudos recentes mostraram que se exercitar pode melhorar a pressão arterial e diminuir a gordura visceral.
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Dois estudos foram revisados recentemente e os especialistas descobriram algo animador: o exercício físico pode ser tão eficiente quanto o uso de medicações para reduzir tanto a pressão sanguínea quanto o nível de gordura corporal.
A primeira revisão descobriu que a pressão arterial era mais baixa quando se utilizava medicação. Mas no caso de pessoas com hipertensão arterial, os exercícios se mostraram tão eficientes quanto os remédios (que incluem betabloqueadores e diuréticos).
Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, revisaram quase 400 ensaios clínicos que envolviam cerca de 50 mil participantes. Estudos que investigavam apenas medicação foram comparados aos que examinavam somente exercícios.
Segundo um estudo outro, publicado no mês passado no periódico Mayo Clinic Proceedings, a prática de atividade física é um pouco mais eficiente para reduzir os níveis de gordura visceral do que as medicações. E as modalidades aeróbicas, como dança e corrida, são mais eficientes para promover essa redução se comparado a treinamentos de força, como musculação.
A gordura visceral se acumula ao redor da cintura e tem como função proteger órgãos do sistema digestivo, além dos rins e coração. Mas em altas concentrações, ela pode se tornar perigosa, pois eleva o risco de problemas metabólicos. Para reduzir esta gordura, principalmente em caso de pacientes obesos, os médicos recomendam o uso de remédios como metformina e orlistat.
Os resultados desta análise foram obtidos depois que pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, reuniram experimentos, com duração de pelos menos seis meses, que analisavam os resultados da medicação ou do exercício físico na redução da gordura corporal.
No entanto, nenhuma das revisões revelou quanto tempo por semana os pacientes deviam se exercitar para alcançar esses benefícios, o que sugere que mais investigações são necessárias. Por causa disso, os cientistas salientam que os medicamentos devem continuar sendo utilizados como principal tratamento tanto para hipertensão quanto para emagrecimento.
“Nós não acreditamos que, com base no nosso estudo, os pacientes devem parar de tomar suas medicações”, salienta Huseyin Naci, pesquisador envolvido na primeira revisão, à New Scientist.
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