Em mais uma noite de tumulto, prefeito de Portland é atingido pr gás lacrimogêneo
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PORTLAND (Reuters) - O prefeito da cidade de Portland, nos Estados Unidos, Ted Wheeler, foi atingido por gás lacrimogêneo no início da manhã desta quinta-feira depois de se juntar a manifestantes que protestavam contra a injustiça racial e a brutalidade policial.
Os protestos acontecem em Portland todas as noites há semanas, com forças de segurança frequentemente lançando gás lacrimogêneo e batendo em manifestantes com cacetetes.
Ao visitar o local dos protestos, Wheeler foi vaiado por alguns manifestantes que pediram sua renúncia e gritaram 'você devia se envergonhar!'. Eles disseram que o prefeito deveria ter feito mais para proteger os cidadãos de Portland.
No entanto, quando estava em meio à multidão do lado de fora do Centro de Justiça de Portland, Wheeler, que usava uma máscara de proteção, foi atingido pelo gás lacrimogêneo. Imagens de vídeo o mostraram tossindo.
Agentes federais abrigados no Centro de Justiça não deram sinais de recuo, indo frequentemente do lado de fora do prédio para lançar bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo na direção dos manifestantes.
O envio de agentes federais a Portland no dia 4 de julho é o ponto focal de um debate nacional nos Estados Unidos sobre as liberdades civis e o que os manifestantes e autoridades locais veem como uma jogada política do presidente dos EUA, Donald Trump, um republicano, para lançar uma campanha de 'lei e ordem' em um momento em que enfrenta dificuldades em uma batalha para tentar se reeleger na eleição presidencial deste ano.
O Departamento de Segurança Interna dos EUA batizou a operação de envio de agentes federais de 'Operação Valor Diligente', de acordo com documentos de um tribunal. Wheeler, que é democrata, classificou a intervenção como um abuso do poder federal e disse que ela está escalando a violência.
A quarta-feira registrou multidões cada vez maiores de apoiadores se juntando às manifestações.
(Reportagem de Deborah Bloom)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES
Escrito por Reuters
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