Em meio a disputa com governo Biden, Texas ergue nova barreira na fronteira com o México
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Por John Kruzel e Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - O Texas ergueu nesta semana novas barreiras na fronteira do Estado com o México, bloqueando acessos à agência migratória mostrou nesta sexta-feira um documento judicial, no momento em que aumenta o conflito sobre migração entre o governador republicano local, Greg Abbott, e o presidente do país, o democrata Joe Biden.
A Guarda Nacional do Texas colocou mais arames farpados e cercas em uma faixa da fronteira próxima a Eagle Pass, bloqueando o acesso da agência migratória a um parque que contém uma rampa para barcos que os agentes usam para chegar ao Rio Grande, afirmou o Departamento de Justiça em ofício à Suprema Corte.
Robert Danley, da patrulha fronteiriça norte-americana, afirmou no ofício que, sem a rampa, os agentes não podem monitorar a região e que “não tem opções práticas para responder a imigrantes que possam estar em apuros”.
O caso faz parte da disputa entre o governo Biden e o governador do Texas sobre o número recorde de imigrantes que cruzaram a fronteira desde que Biden assumiu o poder, em 2021. O Texas tem buscado implementar seus próprios controles fronteiriços, que historicamente estão sob responsabilidade jurídica do governo federal.
Em uma das medidas mais vistosas do governo Abbott, o Estado levou de ônibus mais de 100 mil imigrantes para regiões dominadas politicamente pelos democratas, como Chicago e Nova York.
Na sexta-feira, Abbott disse em coletiva de imprensa que o Texas tem autoridade legal para controlar a entrada em qualquer local do seu território, incluindo o Shelby Park, em Eagle Pass.
“Essa autoridade está sendo afirmada em relação ao parque em Eagle Pass, no Texas, para manter o seu controle operacional”, disse.
Neste mês, o governo Biden pediu à Suprema Corte que permita temporariamente que funcionário da agência migratória cortem ou removam o arame farpado que o Texas afirma ser necessário para conter a imigração ilegal.
(Reportagem de John Kruzel e Ted Hesson, em Washington)
Escrito por Reuters
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