Em visita à Mongólia, papa envia mensagem sobre objetivos da Igreja aparentemente direcionada à China
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Por Philip Pullella
ULAANBAATAR (Reuters) - O papa Francisco, em palavras que pareceram direcionadas à China e não ao país vizinho que ele estava visitando, a Mongólia, disse neste sábado que governos não precisam temer a Igreja Católica porque ela não tem agenda política.
Francisco, 86, fez seus comentários na Mongólia, que tem apenas 1.450 católicos e onde a pequena igreja tem boas relações com um governo que expressou apreciação pelas suas atividades sociais, sanitárias e caridosas.
Em seu primeiro dia de visita à Mongólia, o governo festejou o papa com eventos tradicionais, como uma parada com homens a cavalo vestidos como antigos guerreiros mongóis.
Em um discurso a bispos, padres, missionários e trabalhadores pastorais, ele disse que Jesus não deu nenhum mandato político aos seus apóstolos, mas lhes disse para aliviar os sofrimentos de uma 'humanidade ferida' por meio da fé.
'Por esse motivo, governos e instituições seculares não têm nada a temer do trabalho de evangelização da Igreja, porque ela não tem uma agenda política a avançar, mas é sustentada pelo poder silencioso da graça de Deus e uma mensagem de misericórdia e verdade, que procura promover o bem de todos', disse.
Pequim está seguindo uma política de 'Sinicização' da religião, tentando erradicar influências estrangeiras e aplicar obediência ao Partido Comunista. Um acordo história em 2018 entre o Vaticano e a China sobre a nomeação de bispos tem sido tênue, na melhor das hipóteses, com o Vaticano reclamando que Pequim o violou várias vezes.
(Reportagem de Philip Pullella em Ulaanbaatar; Reportagem adicional de Joseph Campbell)
Escrito por Reuters
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