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Empresa brasileira cria processo para reciclar plásticos de difícil recuperação

Placeholder - loading - Centro de triagem de recicláveis em Taipé,Taiwan 04/11/2009 REUTERS/Nicky Loh (TAIWAN ENVIRONMENT SOCIETY)
Centro de triagem de recicláveis em Taipé,Taiwan 04/11/2009 REUTERS/Nicky Loh (TAIWAN ENVIRONMENT SOCIETY)
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SÃO PAULO (Reuters) - Uma companhia nacional criada há cerca de seis anos anunciou nesta quinta-feira que desenvolveu um processo para reciclagem de plásticos como os usados em embalagens de alimentos e que são atualmente de difícil reaproveitamento, no que espera ser capaz de fomentar um novo mercado para um material que comumente tem descarte inadequado no país.

O chamado polipropileno biorientado (BOPP) é um tipo de filme plástico usado em embalagens de produtos como salgadinhos e que, além das tintas de impressão de rótulo, recebe outras camadas como alumínio e verniz e adesivos que acabam praticamente inutilizando o material para fins de reaproveitamento.

'O grande problema para o meio-ambiente são plásticos flexíveis, que são muito difíceis de serem reciclados. A grande maioria vai para aterro', disse Marcelo Mason, diretor de sustentabilidade da Deink, a empresa criada em 2017 que desenvolveu um processo de reciclagem do material que batizou de 4D.

A sigla é uma referência às etapas do processo: delaminação, desmetalização, destintamento e disrupção. Segundo a companhia, que investiu 85 milhões de reais em uma instalação no interior de São Paulo para reciclar plásticos flexíveis de múltiplas camadas, grandes multinacionais de produtos de consumo como a Nestlé estão interessadas na tecnologia.

A empresa começou a partir de um processo de retirada da tinta dos plásticos que o empresário Rogério Mani, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), licenciou de pesquisadores da universidade espanhola de Alicante. O plano era ter uma fábrica operando já em 2020, quando o projeto teve de ser adiado em um ano pela pandemia. Mani, fundador da Deink, esteve à frente das operações até 2022 e é atualmente presidente do conselho de administração.

A companhia acabou conseguindo ser acelerada pela Ambev, que indicou um de seus fornecedores, Valgroup, a maior recicladora de plásticos do Brasil, para uma parceria estratégica que incluiu investimento em participação na Deink, disse Mason, sem dar detalhes sobre a fatia.

A companhia agora quer ter uma primeira linha de reciclagem 4D de plásticos de múltiplas camadas funcionando na fábrica instalada em Itupeva (SP) a partir de junho, com planos para uma segunda linha em breve, dependendo do nível de demanda. No longo prazo, 2030, a companhia estima ter mais oito linhas com a tecnologia não apenas em São Paulo mas em outras regiões do país, disse Mason.

O executivo afirmou que, após ser reciclado, o plástico BOPP gera uma resina que pode ser transformada em filme plástico e que também tem uma série de aplicações incluindo em produção de componentes para linha branca. Essa versatilidade minimiza a limitação do uso em fins alimentícios, por enquanto restrita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 'Mas obter grau alimentício é a grande meta', afirmou.

'Na Europa, já tem obrigação de uso (de plásticos recicláveis nas embalagens de produtos), com isso as marcas têm que inserir o material reciclado', afirmou Mason. Segundo ele, isso ajuda na demanda diante do custo atualmente maior do filme reciclado versus o virgem. O executivo, porém, evitou citar valores.

A Deink já tem patente brasileira sobre o processo e pretende buscar a partir de junho patentes nos Estados Unidos, Europa e Ásia, disse Mason. O executivo acrescentou que o método 4D é uma abordagem híbrida entre processos químicos e mecânicos de reciclagem, com a etapa química sem solventes ocorrendo em ciclo fechado.

A tecnologia pode colocar a companhia como uma rival da indústria de papel, que tem surfado na onda 'verde' da substituição de embalagens e plásticos de uso único por suas versões de papel. 'A questão do plástico é conseguir fazer com que ele volte para a cadeia e trazer circularidade para estes resíduos', disse Mason.

'A reciclagem de plástico nos próximos cinco anos tende a crescer exponencialmente', afirmou.

Segundo a Deink, o Brasil é o quarto maior produtor de resíduo plástico do mundo, com mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico sendo descartadas de forma irregular. No caso do BOPP, o mercado nacional demanda por ano cerca de 170 mil toneladas. Com a abertura da linha 4D em junho, a capacidade de reciclagem da Deink subirá para 25 mil toneladas por ano.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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