Enfermeiros na Inglaterra rejeitam proposta salarial e planejam mais greves
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Por Sachin Ravikumar e Muvija M
LONDRES (Reuters) - Enfermeiros na Inglaterra rejeitaram nova proposta de acordo salarial do governo nesta sexta-feira, estabelecendo planos para mais greves que colocarão o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) sob ainda mais pressão, enquanto esperam uma oferta de reajuste salarial mais alta do que os 5% propostos.
Cerca de 54% dos enfermeiros que participaram da votação rejeitaram o acordo salarial, disse o sindicato Royal College of Nursing (RCN) --que recomendou que seus membros aceitassem a proposta. A participação foi de 61% dos membros elegíveis.
O RCN disse que seus membros farão uma greve ininterrupta de 48 horas a partir de 30 de abril, que pela primeira vez terá a adesão de equipes de enfermagem de departamentos de emergência, unidades de terapia intensiva, tratamento de câncer e outros serviços anteriormente isentos.
O resultado representa uma derrota para o governo do primeiro-ministro Rishi Sunak, que tem lidado com disputas salariais envolvendo centenas de milhares de funcionários públicos em greve, conforme os salários não acompanham a inflação de dois dígitos.
Dezenas de milhares de enfermeiros participaram de várias ondas de greve desde dezembro, em uma medida sem precedentes que trouxe interrupções a um já tenso NHS, que lida com atrasos recordes de atendimento e grave escassez de funcionários.
Sunak, que assumiu o cargo em outubro, fez do corte de listas de espera para tratamento hospitalar no NHS uma de suas prioridades.
'Até que haja uma oferta significativamente melhorada, somos forçados a voltar ao piquete', disse a secretária-geral do RCN, Pat Cullen, em carta ao ministro da saúde do país, Steve Barclay.
Escrito por Reuters
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