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ENFOQUE-Além de disputa judicial, preço do gás gera prejuízo à Petrobras

Placeholder - loading - Tanques de combustíveis da Petrobras em Paulínia 1/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Tanques de combustíveis da Petrobras em Paulínia 1/07/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Letícia Fucuchima e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - Se Estados e distribuidoras de gás natural estão obtendo vitórias provisórias na Justiça contra a Petrobras, por conta de contratos que consideram extorsivos, de outro lado a petroleira não conseguirá repassar toda a alta do energético, amargando prejuízo bilionário nessa divisão em 2021.

O impasse é mais um desafio que se impõe na primeira renegociação contratual das distribuidoras de gás com a Petrobras sob a nova lei do gás, aprovada neste ano, deixando na promessa o alardeado 'choque de energia barata' pelo governo brasileiro.

Compradores estão enfrentando aumento de preço de cerca de 50% do gás natural, em meio à disparada nas cotações internacionais e maior demanda no Brasil para atender termelétricas visando o enfrentamento da crise hídrica.

A situação ameaça até a prestação do serviço público, segundo afirmam as distribuidoras. Mas, mesmo que as concessionárias sejam obrigadas a aceitar os reajustes, isso não será suficiente para evitar perdas na divisão de gás da Petrobras.

Segundo o diretor de pesquisa para gás da consultoria Wood Mackezie, Mauro Chavez, a Petrobras não está conseguindo transferir instantaneamente todo o custo com gás natural liquefeito (GNL).

'Estimamos que a Petrobras sofreu um prejuízo líquido de 1 bilhão de dólares nos seus negócios de gás em 2021, impactado principalmente pelas despesas com GNL', afirmou ele, em análise compartilhada com a Reuters.

Procurada, a companhia não quis comentar se sofreu perdas no segmento.

Mas divulgou mais cedo uma nota --comentando as liminares judiciais-- na qual afirma que a alta demanda por GNL e limitações da oferta internacional resultaram em expressivo aumento do preço internacional do insumo, que chegou a subir cerca de 500% em 2021.

A estatal vai encerrar o ano com 119 cargas importadas de GNL, superando o recorde anterior de 2014, quando a empresa trouxe 99 cargas para ajudar o país a lidar com a escassez de chuvas nas hidrelétricas, como aconteceu em 2021, na pior crise hídrica em 91 anos.

O especialista em gás da Wood Mackezie no Brasil, Henrique Anjos, acrescentou que um leilão emergencial de energia realizado em outubro deve resultar em preços mais elevados do gás até dezembro de 2025, o que atraiu alguns produtores nacionais a venderem o insumo para a geração termelétrica, reduzindo alternativas de abastecimento, incluindo para distribuidoras.

Além disso, destacou ele, em nível global o mercado de GNL está apertado, com preços elevados a um recorde acima de 35 dólares por milhão de btu.

Mas o fato é que nesta semana, quatro Estados --Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Alagoas-- conquistaram liminares na Justiça para suspender o reajuste dos preços do gás a ser aplicado a partir de 2022 nos contratos celebrados entre a Petrobras e distribuidoras estaduais.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), as condições comerciais oferecidas pela petroleira resultam em aumento de 50%, em média, do preço da molécula a partir de janeiro.

Na avaliação do advogado especializado no setor de energia e gás e consultor jurídico da Abegás, Gustavo De Marchi, o aumento de preços em questão extrapola a esfera meramente comercial e contratual, uma vez que ameaça a própria prestação do serviço público de fornecimento de gás.

'É uma discussão ligada ao interesse público, porque o preço é transferido diretamente para o mercado consumidor --não por acaso, várias iniciativas (na Justiça) partiram dos Estados. (O reajuste) afeta a modicidade tarifária e a própria prestação do serviço', afirmou ele.

Para De Marchi, há instrumentos que poderiam ser empregados para suavizar a alta de preços, como um escalonamento. 'Mas tem que ser consensual.'

SURPRESA

A Petrobras já anunciou que tentará reverter as liminares.

No comunicado desta quinta-feira, a petroleira afirmou ter sido surpreendida pela judicialização do tema, dizendo que buscou oferecer às distribuidoras produtos com prazos distintos (de seis meses a quatro anos) e mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade dos preços, como referência de indexadores ligados ao GNL e ao Brent, opção de parcelamento e a possibilidade de redução dos volumes nos contratos de maior prazo.

'A Petrobras entende que essas decisões (judiciais) abalam a segurança jurídica do ambiente de negócios, interferindo na livre formação de preços, colocando em risco a implementação da própria abertura do mercado de gás natural no Brasil e atração de investimentos no país', diz o comunicado.

Já do lado das distribuidoras, a Abegás afirma que a petroleira tem praticado ações anticompetitivas num momento em que as concessionárias ainda não têm condições efetivas de firmar contratos de suprimento de gás com outros ofertantes.

De acordo com a entidade, a Petrobras é a única com portfólio suficiente para atender as distribuidoras de gás canalizado.

A diversificação da base de supridores das distribuidoras já vem acontecendo de forma pontual. Algumas concessionárias têm conseguido fechar acordos --é o caso da Bahiagás, que passará a receber gás da Shell, Galp e Equinor a partir do ano que vem.

Já em outras regiões, as dificuldades de suprimento são mais evidentes. A Petrobras foi a única a apresentar viabilidade de fornecimento numa chamada pública aberta neste ano pelas distribuidoras de gás canalizado do Centro-Sul -- MSGás (MS), GasBrasiliano (SP), Compagas (PR), SCGás (SC) e Sulgás (RS).

O novo marco legal para o setor de gás foi aprovado pelo Congresso em março deste ano.

Na avaliação de uma fonte próxima do processo, a abertura do mercado 'deu azar' de ocorrer num momento de alta do GNL.

Contudo, para Chavez, da Wood Mackezie, o programa do 'Novo Mercado de Gás' pode ter falhado ao não prever uma sequência pré-programada de leilões de recontratação de gás, destinados a transferir gradualmente as obrigações de fornecimento, transporte e processamento de gás da Petrobras para terceiros.

'Além disso, a falta de um planejamento integrado de gás e energia para a concepção do leilão de energia de emergência resultará em escassez de produção não contratada de gás de terceiros para abastecer distribuidoras e indústrias até o final de 2025. Isso significa que os preços do gás no Brasil ficarão altos por mais tempo', completou ele.

(Com reportagem adicional de Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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