Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Entre motéis e navios, Brasil usa criatividade para sediar COP30

Placeholder - loading - Empresário do ramo de motéis Yorran Costa mostra quarto de seu motel onde planeja receber visitantes que irão à COP30 em Belém 27/03/2025 REUTERS/Raimundo Pacco
Empresário do ramo de motéis Yorran Costa mostra quarto de seu motel onde planeja receber visitantes que irão à COP30 em Belém 27/03/2025 REUTERS/Raimundo Pacco
Ver comentários

Publicada em  

Por Manuela Andreoni e Lisandra Paraguassu

BELÉM, (Reuters) - Ativistas ambientais de todo o mundo aguardaram ansiosamente a vez de o Brasil sediar a cúpula climática das Nações Unidas, conhecida como COP30, depois de três anos em que a conferência dos líderes mundiais contra o aquecimento global foi realizada em países sem liberdade para manifestações públicas.

Mas a chamada 'COP do Povo' pode não ser tão acolhedora quanto eles esperavam.

Os custos altíssimos de acomodação estão ameaçando o objetivo declarado de inclusão do Brasil, e o governo está correndo para multiplicar os 18 mil leitos disponíveis atualmente na cidade-sede de Belém, enquanto empreendedores investem em adaptar motéis, embarcações e salas de aula para receber os visitantes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seu objetivo ao trazer a COP30 para a Amazônia era atrair a atenção do mundo a uma floresta que oferece soluções únicas para a mudança climática, ao armazenar nas árvores o carbono que aquece o planeta, e sofre algumas de suas consequências mais graves, na forma de queimadas e secas.

Embora muitos ativistas que defendem o combate às mudanças climáticas tenham comemorado o foco na floresta, alguns também expressaram receio de que a realização de um evento tão importante possa sobrecarregar uma região frágil e comprometer o sucesso da conferência.

Belém, uma cidade portuária de 1,3 milhão de habitantes à beira da floresta amazônica, está pontilhada por canteiros de obras. O governo brasileiro está investindo cerca de R$6 bilhões em obras.

Mas ainda há muito trabalho a ser feito para acomodar os cerca de 60 mil visitantes esperados.

Duas organizações globais de ativismo climático, que não quiseram ser identificadas, disseram à Reuters que observadores contratados por eles têm encontrado preços para acomodações várias vezes mais altos do que os pagos na conferência do ano passado em Baku, no Azerbaijão. Até mesmo os quartos mais baratos encontrados por eles custam cerca de R$3 mil, e a média é de cerca de R$9 mil por noite.

Lula minimizou a crise dos hotéis em uma visita recente a Belém, e sugeriu que aqueles que não conseguirem encontrar acomodações poderiam dormir 'olhando para o céu que vai ser maravilhoso'.

No cerne do problema está uma pergunta que cresce à medida que a conferência anual do clima deixa de ser um encontro de líderes mundiais e diplomatas para se tornar um megaevento que mistura ativistas, empresários e autoridades governamentais: Para quem é a cúpula climática da ONU?

'Pode parecer uma coisa mundana, mas na verdade é politicamente muito importante,' disse Tasneem Essop, diretora executiva da Climate Action Network. 'A habilidade de endereçar problemas de acomodação podem fazer de uma COP um sucesso ou um fracasso.'

Grupos da sociedade civil dizem que seu acesso é fundamental para manter a pressão sobre os negociadores, em um momento que líderes globais estão distraídos com guerras e disputas comerciais.

Eles citam, por exemplo, sua influência em avanços como a criação do Fundo de Perdas e Danos em 2022, empurrada pelo grupo das nações mais vulneráveis às mudanças climáticas, para canalizar recursos de nações ricas para lidar com a destruição causada pelas mudanças climáticas em países mais pobres.

'Todos estavam esperando pela COP do Brasil', disse Essop. 'Para a sociedade civil, é o momento em que finalmente estaremos em uma COP com espaço para nossas ações'.

POUCOS HOTÉIS, MUITA CRIATIVIDADE

O Brasil já mudou as datas de participação dos chefes de Estado na cúpula para a semana anterior ao evento principal, em um esforço para aliviar a pressão sobre a escassa rede hoteleira de Belém. Dois hotéis estão sendo construídos e dois navios de cruzeiro para os participantes serão atracados em um porto próximo.

Mas empresários locais também estão trabalhando para encontrar outras formas criativas de acomodar os visitantes.

Alguns querem reformar embarcações com suítes de alto padrão. Outros têm planos para usar terrenos ociosos para instalar vilas de contêineres. Escolas e igrejas também estão na mira para servir como albergues.

Motéis que normalmente alugam quartos por hora estão sendo anunciados como opções para as delegações.

Yorann Costa, proprietário do Motel Secreto, disse que pode atenuar o 'ar mais sensual' de seu estabelecimento, por exemplo removendo cadeiras eróticas.

'Mas um pole desse, por exemplo, não tem como tirar', disse ele, acrescentando que os espelhos no teto também terão que ficar.

Definir o preço certo também foi difícil, disse ele, por causa da especulação feroz em torno do que os visitantes estavam dispostos a pagar.

Valter Correia, secretário extraordinário do Brasil para a COP30, disse que o governo planeja lançar um site oficial de reservas dentro de semanas para organizar o mercado. Ele disse que sua equipe também está procurando maneiras de coibir preços abusivos.

O governo, segundo ele, espera que cerca de 45 mil pessoas participem da COP e planejou novas acomodações suficientes para atender a essa demanda.

A Cúpula dos Povos, um evento paralelo realizado por grupos de ativistas, diz que espera mais 15 mil pessoas. Mas os organizadores dizem que estão planejando ajudar com acomodações, por exemplo, instalando acampamentos.

As autoridades municipais e estaduais também estão incentivando os moradores locais a viajar e alugar suas casas.

Isso desencadeou uma espécie de corrida do ouro em Belém. Anúncios cobrando milhões para alugar apartamentos e casas para o mês da COP se tornaram comuns.

Entrevistas com proprietários, inquilinos e um síndico de prédio revelaram dezenas de casos de pessoas que não puderam renovar seus contratos de aluguel para que os proprietários de seus apartamentos pudessem prepará-los para os visitantes da COP pagando múltiplas vezes o preço normal.

Rafaela Rodrigues, uma empresária que disse não ter conseguido renovar seu contrato aluguel, disse que logo depois encontrou o apartamento em que morava anunciado por um valor várias vezes superior ao que costumava pagar.

'Eu tinha 10 dias para procurar um imóvel, alugar um imóvel, fazer uma mudança e entregar um outro apartamento', disse ela. 'Virou, assim, o caos'.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

LINK

6 H
  1. Home
  2. noticias
  3. entre moteis e navios brasil …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.