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Equador investiga oito relatos de assassinatos extrajudiciais durante estado de emergência

Placeholder - loading - Soldados em veículo blindado patrulham centro histórico da cidade um dia após o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarar estado de emergência por 60 dias, em Quito, Equador 09/01/2024 REUTERS/Kar
Soldados em veículo blindado patrulham centro histórico da cidade um dia após o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarar estado de emergência por 60 dias, em Quito, Equador 09/01/2024 REUTERS/Kar

Publicada em  

Por Alexandra Valencia e Oliver Griffin

(Reuters) - O gabinete do procurador-geral do Equador está investigando oito assassinatos extrajudiciais que teriam ocorrido durante o mais recente estado de emergência do país, após grupos de direitos humanos alertarem que as autoridades não estavam tomando medidas para evitar abusos.

Pessoas detidas, grupos ativistas locais e famílias das vítimas, têm relatado abusos, incluindo os assassinatos, que supostamente ocorreram durante o estado de emergência entre janeiro e abril.

O presidente Daniel Noboa declarou a emergência em meio a uma espiral de violência no país andino, que as autoridades atribuem às gangues de traficantes de drogas.

Com a medida, Noboa colocou milhares de soldados nas ruas e nas prisões. As forças de segurança conduziram mais de 18.000 prisões.

O gabinete do procurador-geral afirmou que investiga dezenas de acusações de tortura e outros abusos.

Nem o governo e nem as Forças Armadas responderam aos pedidos de comentários sobre os supostos abusos.

A repressão no Equador espelha estratégias utilizadas em outros países, especialmente em El Salvador, onde as táticas do presidente Nayib Bukele levaram a uma 'alarmante regressão' em termos de direitos humanos, segundo a Anistia Internacional. Bukele nega abusos.

Noboa defendeu o comportamento das forças de segurança e já havia rechaçado comparações com Bukele.

'Não vou tolerar que qualquer não-patriota nos diga que estamos violando os direitos de qualquer um quando estamos protegendo os da grande maioria', disse Noboa, em fevereiro.

(Reportagem de Alexandra Valencia em Quito e Oliver Griffin em Bogotá)

Escrito por Reuters

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