Espanha impede bolivianos de desembarcarem de cruzeiro por falta de vistos
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BARCELONA (Reuters) - Autoridades espanholas proibiram o desembarque de cerca de 70 cidadãos bolivianos de um cruzeiro em Barcelona pela falta de vistos de entrada na União Europeia, impedindo que o navio com centenas de pessoas a bordo continuasse sua jornada até que a situação fosse resolvida.
O navio MSC-Armonia, que começou sua viagem no Brasil, chegou a Barcelona no começo da terça-feira e partiria para Córsega mais tarde ainda naquele dia, segundo relatos dos passageiros e sites especializados em transporte marítimo.
Os passageiros bolivianos 'pareciam ter a documentação adequada' quando embarcaram no navio no Brasil, mas seus vistos acabaram não sendo válidos para entrar no espaço Schengen europeu, disse a MSC.
Eles não tiveram permissão para deixar o navio até o meio-dia de quarta-feira e precisaram mostrar os passaportes com antecedência, disse à Reuters Paul Ibarguengoitia, 26 anos, que embarcou no navio no sul da Espanha no último domingo e viaja com os pais e a tia.
'Nos disseram de que algumas informações relevantes seriam anunciadas hoje, mas também nos disseram isso ontem', disse Ibarguengoitia, temendo perder suas férias em Veneza, na Itália, após o cruzeiro, e o voo de volta devido aos atrasos.
Quatro viaturas policiais foram estacionadas perto do navio no porto e alguns passageiros foram vistos saindo e entrando no navio na quarta-feira, disse um jornalista da Reuters.
A delegação do governo espanhol na Catalunha disse nesta quarta-feira que estava trabalhando com a polícia, autoridades bolivianas e a operadora suíça-italiana MSC Cruises para resolver a questão.
'O navio permanece no porto, enquanto estamos trabalhando com as autoridades neste processo complexo', afirmou a MSC em um comunicado, sem fornecer um motivo para o atraso ou a quantidade de passageiros afetados.
O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia disse em comunicado na terça-feira que era responsabilidade da MSC checar os documentos de viagem e encontrar uma solução, mas que trabalhava com as autoridades para resolver a situação.
(Reportagem de Joan Faus, Albert Gea e Corina Pons)
Escrito por Reuters
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