Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

ESPECIAL-Pandemia do plástico: Covid-19 joga no lixo sonho da reciclagem

Placeholder - loading - Empregados manipulam embalagens numa fábrica de reciclagem de plástico. 15/5/2019. REUTERS/Baz Ratner/File Photo
Empregados manipulam embalagens numa fábrica de reciclagem de plástico. 15/5/2019. REUTERS/Baz Ratner/File Photo
Ver comentários

Publicada em  

Por Joe Brock

(Reuters) - A pandemia de coronavírus disparou uma corrida por plástico. De Wuhan a Nova York, a demanda por protetores faciais, vasilhames, luvas e embalagens disparou. E como a maior parte destes produtos não pode ser reciclada, seu destino final é o lixo.

Mas há outra consequência. A pandemia intensificou uma guerra de preços entre plástico reciclado e virgem, produzido pela indústria petroquímica. É uma guerra em que os recicladores do mundo estão perdendo, segundo dados de preços e executivos.

'As pessoas estão enfrentando muitas dificuldades', disse à Reuters o presidente-executivo da Fukutomi Recycling, de Hong Kong, e presidente da Associação de Descarte de Plástico.

O motivo para isso é que o ciclo de criação de quase todo plástico começa com combustível fóssil. A desaceleração da economia global derrubou a demanda por petróleo, induzindo uma derrocada nos preços de plásticos virgens.

Desde 1950 o mundo produziu 6,3 bilhões de toneladas de lixo plástico e 91% disso nunca foi reciclado, segundo levantamento da revista científica Science. A maior parte desse material é difícil de ser reciclada e muitos recicladores dependem há muito tempo de incentivos governamentais. Já o plástico virgem custa metade do preço do plástico reciclado mais comum.

Desde o surgimento da pandemia de Covid-19, mesmo garrafas de bebidas feitas de plástico reciclado, o tipo mais reciclado, se tornaram menos viáveis. O plástico reciclado para produzí-las está 83% a 93% mais caro que uma garrafa nova, segundo dado da Independent Commodity Intelligence Services (ICIS).

Além disso, a pandemia atingiu a disposição de muitos políticos ao redor do mundo de manterem uma guerra contra o plástico de uso único.

O plástico, cuja maior parte dele não se decompõe, é um motor da mudança climática. A produção de quatro garrafas plásticas libera mais gases de efeito estufa do que dirigir por cerca de 1,5 quilômetro, segundo o Fórum Econômico Mundial. Os EUA incineram seis vezes mais plástico do que reciclam, segundo pesquisa de 2019 produzida por Jan Dell, um engenheiro químico e ex-vice-presidente da Comissão Federal dos EUA para o Clima.

E o coronavírus acentuou a tendência de se criar mais, não menos, lixo plástico.

A indústria petrolífera planeja investir cerca de 400 bilhões de dólares nos próximos cinco anos em fábricas que produzem matérias-primas para fabricar plástico virgem, segundo estudo de setembro do centro de pesquisa Carbon Tracker.

Isso ocorre porque, conforme a eletrificação de veículos ganha força e reduz a demanda por combustível, a indústria petrolífera espera que o aumento da demanda por plástico possa assegurar o crescimento da demanda por petróleo e gás. O setor conta com uso crescente de plásticos pela população mundial.

'Ao longo das próximas décadas, o crescimento da população e da renda devem criar mais demanda por plásticos', disse a porta-voz da ExxonMobil Sarah Nordin à Reuters.

A maior parte das companhias afirma que se preocupa com lixo plástico, mas os investimentos delas em esforços de redução são só uma fração dos recursos aplicados na produção de plástico.

A Reuters pesquisou 12 das grandes empresas químicas do mundo: Basf, Chevron, Dow, Exxon, Formosa Plastics, Ineos, Shell LG Chem, LyondellBasell, Mitsubishi Chemical, Sabic, e Sinopec. Apenas parte delas deu detalhes sobre quanto investem em redução do lixo que seus produtos criam. Três não responderam.

A maior parte disse que está canalizando esforços num grupo chamado Alliance to End Plastic Waste (Aliança pelo Fim do Lixo Plástico), também apoiado por companhias de produtos de consumo e que prometeu 1,5 bilhão de dólares nos próximos cinco anos para cumprir o objetivo que deu nome à organização. A petroquímica brasileira Braskem faz parte do grupo.

Os 47 membros da aliança, a maior parte da indústria do plástico, tiveram uma receita combinada de quase 2,5 trilhões de dólares no ano passado, segundo levantamento da Reuters.

No total, os compromissos anunciados pela Aliança e pelas empresas consultadas pela Reuters representam menos de 2 bilhões de dólares em 5 anos, ou meros 400 milhões de dólares por ano.

'Países com infraestrutura insuficiente para lidar com gestão de lixo e reciclagem estarão pouco equipados perante volumes crescentes de lixo plástico', disse Lisa Beauvilain, diretora de sustentabilidade da Impax Asset Management, gestora com 18,5 bilhões de dólares sob administração. 'Estamos literalmente nos afogando em plástico', acrescentou.

Desde a pandemia, recicladores no mundo afirmaram à Reuters que seus negócios afundaram, em mais de 20% na Europa, em 50% em partes da Ásia e até 60% no caso de algumas empresas nos EUA.

Greg Janson, da QRS, no Estado norte-americano de Missouri, disse que os EUA se tornaram um dos lugares do mundo mais baratos na produção de plástico virgem.

'A pandemia exacerbou este tsunami', disse ele.

Enquanto isso, um porta-voz do grupo química alemão Basf afirmou que 'capacidade de produção mais alta não significa necessariamente mais poluição'.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753)) REUTERS AAJ AAP

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

LINK

1 D
  1. Home
  2. noticias
  3. especial pandemia do plastico …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.