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Estudo descobre mais informações sobre a febre amarela

Apesar da doença estar sendo estudada desde 1930, seus prognósticos ainda não estavam bem definidos.

Placeholder - loading - Mosquito do Aedes aegypti (Foto: Saúde é Vital/Divulgação)
Mosquito do Aedes aegypti (Foto: Saúde é Vital/Divulgação)
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Embora a febre amarela não esteja mais tão em evidência, especialistas alertam para a necessidade de se imunizar contra a doença. A vacina é bastante eficaz e existe desde 1938. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sua dose completa dura a vida toda, enquanto a fracionada vale por nove anos.

A febre amarela é considerada aguda e hemorrágica, recebendo esse nome por causar icterícia, um sintoma que deixa a região dos olhos, pele e mucosas com aspecto amarelado. A enfermidade é transmitida pela picada de três espécies de mosquito: Haemagogus e Sabethe, que transmitem a febre amarela silvestre, e o Aedes aegypti, responsável pela transmissão da febre amarela urbana, que atinge grandes cidades e áreas metropolitanas. Porém, o vírus transmitido é o mesmo, só muda o agente transmissor.

Em 2017, o Brasil voltou a viver um surto da doença. Apesar de ser uma enfermidade que pode ser evitada através da vacinação, seus sintomas primários são silenciosos, dificultando o prognóstico para cada caso.

Incidência

De cada 100 pessoas picadas por mosquitos infectados com o vírus da doença, apenas 10 desenvolvem sintomas dela. E mesmo que a maioria não desenvolva os sintomas, daqueles que desenvolvem, 40% acabam morrendo.

Apesar de ser estudada desde 1938, os sintomas primários específicos da febre amarela ainda não eram conhecidos. Isso dificultava um prognóstico do grau de severidade da evolução da doença para cada paciente.

“Muitos pacientes que dão entrada no sistema de saúde com diagnóstico de febre amarela ainda não estão muito doentes. Vários chegam caminhando ao hospital, mas o que se observa nos dias seguintes é um quadro de piora acentuada, que muitas vezes leva ao óbito”, disse Esper Kallás, professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Ainda não se conheciam vários marcadores que pudessem ser utilizados para avaliar o prognóstico de cada paciente, permitindo identificar quais as chances do caso evoluir para um quadro de maior gravidade. O prognóstico é importante, acrescenta Kallás, pois dá orientações para a escolha do tratamento adequado, elevando as chances de cura.

Novo estudo

Um estudo, desenvolvido por Kallás e outros 19 pesquisadores ligados à FMUSP, ao Instituto de Medicina Tropical (IMT) da FMUSP, ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas e ao laboratório Diagnósticos da América (Dasa), identificou os marcadores para a doença. Eles foram descritos em artigo na revista The Lancet Infectious Diseases.

O objetivo da equipe foi identificar os preditores de morte medidos na admissão hospitalar em um conjunto de pacientes internados no Hospital das Clínicas da FMUSP e no Instituto de Infectologia Emílio Ribas durante o surto de febre amarela de 2018 na periferia da cidade de São Paulo.

Entre 11 de janeiro e 10 de maio de 2018, 76 pacientes diagnosticados foram internados no Hospital das Clínicas e no Emílio Ribas, ambos em São Paulo. Destes, 27 morreram durante o período de 60 dias após a internação.

“A infecção da febre amarela foi confirmada pela técnica de PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real no sangue coletado na admissão ou em tecidos na autópsia. Sequenciamos o genoma completo do vírus da febre amarela de indivíduos infectados e avaliamos os achados demográficos, clínicos e laboratoriais na admissão. Investigamos se qualquer uma dessas medidas se correlacionava com o óbito do paciente”, disse Kallás.

Descobertas

Os pesquisadores puderam identificaram que a febre amarela costuma ser mais grave quanto mais velho é o paciente. A contagem de neutrófilos (células sanguíneas que fazem parte essencial do sistema imune inato) elevada, o aumento da enzima hepática AST (aspartato aminotransaminase) e a maior carga viral também estão associados ao risco de morte.

“O organismo pode estar tentando combater alguma outra coisa que não é o vírus da febre amarela. Nossa hipótese é que a multiplicação do vírus nas células do intestino possa estar permitindo a passagem de bactérias que vivem no intestino para a corrente sanguínea. Essa poderia ser a razão para o acionamento do sistema imune e o aumento na produção de neutrófilos. Outra possibilidade é que, no doente, a resposta imune estaria desequilibrada, o que faria a pessoa piorar”, afirma Kallás.

Já a coloração amarelada na pele dos doentes, característica marcante que está no nome da doença, não é um marcador de severidade no momento da entrada do paciente no hospital. “A coloração amarelada, consequência da destruição das células do fígado pelo vírus, só aparece em casos de piora avançada. Em nosso estudo, nenhum dos pacientes que veio a óbito chegou ao hospital ostentando coloração amarelada”, acrescenta o especialista.

A identificação de marcadores prognósticos em pacientes pode ajudar os médicos a priorizar a internação na unidade de terapia intensiva, pois o estado geral dos pacientes deteriora rapidamente.

Kallas explica que, antes, não se sabia qual o prognóstico mais provável de cada paciente. O estudo ajudará a entender o que pode ocorrer com as pessoas infectadas com o vírus. “Aqueles que contarem com todos os marcadores de severidade no momento da internação serão os que terão mais risco de morrer. Logo, será possível aos médicos estabelecer prioridades, enviando tais pacientes mais precocemente à terapia intensiva”.

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Na noite de 3 de maio de 2025, Lady Gaga realizou um show gratuito histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo entre 2,1 e 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. A apresentação tornou-se o maior espetáculo da carreira da artista e um dos maiores da história da música mundial.

Com esse feito, Gaga superou o público de Madonna no mesmo local em 2024 — estimado em cerca de 1,6 milhão —, mas ainda ficou atrás de Rod Stewart, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas na virada do ano de 1994 para 1995, também em Copacabana. Vale lembrar que o show de Stewart ocorreu no Réveillon carioca, evento que tradicionalmente atrai milhões de espectadores para a orla, o que contribuiu para os números históricos.

Operação “Fake Monster” Frustra Tentativa de Atentado

Horas antes do evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram a operação “Fake Monster”, que desmontou um plano de atentado com explosivos improvisados durante o show. Dois suspeitos foram detidos: um adulto no Rio Grande do Sul, por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil.

Segundo autoridades, o grupo envolvido promovia discurso de ódio, automutilação e violência contra a comunidade LGBTQIA+, além de recrutar jovens pela internet usando perfis falsos inspirados na fanbase da cantora. A ação policial foi mantida em sigilo até após o show para evitar pânico, e Lady Gaga só foi informada da ameaça depois da apresentação.

Repercussão Internacional: Público Histórico e Ameaça Frustrada Ganham Manchetes

A magnitude do show e a tentativa de atentado frustrada repercutiram fortemente na imprensa internacional, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo risco evitado.

Sobre o show

O site da Billboard destacou:

“Lady Gaga realizou o maior show solo de sua carreira e o maior já feito por uma mulher na história da música mundial” (LINK).

A CNN International escreveu:

“O espetáculo gratuito de Gaga à beira-mar, com mais de 2 milhões de presentes, transformou Copacabana em uma rave global. Foi um tributo à diversidade, à inclusão e à força da música ao vivo.” (LINK)

O jornal britânico The Guardian afirmou:

“Lady Gaga fez história no Brasil com um dos maiores concertos já registrados. O público superou o de Madonna em 2024, consolidando o país como palco favorito das divas do pop.” (LINK)

Sobre a ameaça frustrada

A revista Vanity Fair destacou a operação com o título:

“Plano de bomba é frustrado antes de show histórico de Lady Gaga no Rio”, escrevendo: “Autoridades brasileiras identificaram uma célula online de extremistas que usavam identidades falsas para se infiltrar em comunidades de fãs. A ação foi rápida e silenciosa, impedindo o que poderia ter sido uma tragédia em massa.” (LINK)

O Pitchfork complementou:

“Os suspeitos mantinham perfis falsos inspirados em fãs de Gaga para atrair menores para ataques coordenados. A operação evitou o que poderia ser o pior ataque em um evento musical desde o atentado em Manchester, em 2017.” (LINK)

Já o tabloide britânico The Sun trouxe um tom mais emocional, destacando a fala da artista:

“Após saber da ameaça, Gaga teria chorado nos bastidores e dito: ‘O amor venceu outra vez. Obrigada, Brasil.’” (LINK)

Manifestação nas redes e comunicado oficial

Após o show, Lady Gaga usou suas redes sociais para agradecer o carinho do público brasileiro e, ao tomar conhecimento da ameaça frustrada, fez uma publicação emocionada:

“Brasil, eu não tenho palavras. Vocês me deram a noite mais linda da minha vida. Obrigada por me protegerem com tanto amor. Meu coração está com vocês para sempre. Amor vence.”

Horas depois, sua equipe divulgou um comunicado oficial sobre o incidente:

“A equipe da artista expressa profunda gratidão às autoridades brasileiras pela pronta e eficaz atuação. O bem-estar de todos os fãs é nossa prioridade máxima. Lady Gaga foi informada da ameaça somente após a apresentação, a fim de preservar a segurança do evento.”

Um Evento Histórico em Todos os Sentidos

Com um público recorde, um repertório repleto de hits e um cenário monumental à beira-mar, o show de Lady Gaga em Copacabana entrou para a história como um dos maiores eventos musicais já realizados. Ao mesmo tempo, a eficácia das forças de segurança brasileiras ao impedir um possível atentado mostra o grau de complexidade envolvido na organização de eventos dessa magnitude.

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