EUA preparam ajuda ao Japão; número de mortos por terremoto se aproxima de 100
Publicada em
Por Kiyoshi Takenaka e Sakura Murakami
WAJIMA, Japão (Reuters) - Os Estados Unidos disseram na sexta-feira que estão preparando apoio logístico militar e ajuda para as regiões do Japão devastadas por um terremoto que matou 94 pessoas, forçou cerca de 33.000 a saírem de suas casas e deixou mais de 200 pessoas desaparecidas.
'Os EUA estão aqui para apoiar nosso amigo e aliado em sua resposta ao terremoto. Apoio logístico militar, alimentos e outros suprimentos estão sendo preparados', publicou o embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, no site de mídia social X, antigo Twitter.
O Japão está em negociações com os EUA sobre assistência emergencial e rejeitou ofertas de ajuda de outros países, incluindo a China, por enquanto.
'Não estamos aceitando nenhum pessoal ou ajuda material de outros países ou regiões no momento, dada a situação no local e o esforço que seria necessário para recebê-los', disse o principal porta-voz do Japão, Yoshimasa Hayashi.
Uma autoridade dos EUA que não quis ser identificada afirmou à Reuters que os dois governos estavam coordenando uma possível assistência das tropas dos EUA.
Cerca de 54.000 membros das forças dos EUA estão baseados no Japão, a maior presença militar dos EUA no exterior, de acordo com o Chicago Council on Global Affairs.
As Forças Armadas dos EUA estiveram profundamente envolvidas nos esforços de socorro ao desastre no terremoto de 2011, fornecendo mais de 24.000 soldados com 24 navios e 189 aeronaves. Elas também forneceram ajuda para o terremoto na ilha de Kyushu em 2016.
'Todas as Forças dos EUA no Japão permanecem prontas para apoiar nossos aliados japoneses durante esse período difícil. Não podemos fornecer detalhes específicos sobre as operações de apoio militar neste momento, mas forneceremos atualizações quando tivermos mais informações que possamos compartilhar', disseram as Forças dos EUA no Japão em um comunicado.
O terremoto de magnitude 7,6 atingiu a península de Noto, no oeste do Japão, na tarde do dia de Ano Novo, destruindo casas, provocando um tsunami e isolando comunidades remotas.
A extensão total dos danos ainda não está clara, com as equipes de resgate tendo dificuldades para chegar às áreas mais atingidas devido a estradas interrompidas e infraestrutura danificada.
Mas, com mais de 200 pessoas desaparecidas, o desastre é provavelmente mais mortal do que o terremoto de 2016 e pode ser o pior desde que um grande terremoto e tsunami atingiram a costa leste do Japão em 2011.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO