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EUA processam o Maine em caso sobre atletas transgêneros

Placeholder - loading - A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em coletiva de imprensa no Departamento de Justiça em Washington, D.C., EUA 16/04/2025 REUTERS/Leah Millis
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em coletiva de imprensa no Departamento de Justiça em Washington, D.C., EUA 16/04/2025 REUTERS/Leah Millis
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Por Sarah N. Lynch

WASHINGTON (Reuters) - O governo Trump processou o Maine nesta quarta-feira, intensificando seu conflito com o Estado por se recusar a proibir a participação de atletas transgêneros em esportes femininos para meninas e mulheres.

O governo alega na ação que o Maine está violando o Título 9, que oferece proteção legal contra a discriminação sexual, ao permitir que atletas transgêneros participem de esportes femininos.

O processo cita dois casos em que meninas transgêneros venceram competições femininas, inclusive uma atleta de salto com vara que venceu o campeonato estadual de atletismo indoor em fevereiro.

Questionado nesta quarta-feira se valia a pena utilizar recursos do departamento para processar o Maine por conta de dois atletas, a Procuradora Geral dos EUA, Pam Bondi, respondeu: 'Não me importa se for um. Não me interessa se são dois. Não me importo se forem 100.'

Bondi disse que o departamento também está investigando questões de transgêneros em outros Estados, incluindo o Minnesota e a Califórnia.

A governadora do Maine, Janet Mills, disse em comunicado nesta quarta-feira que o processo é um exemplo da tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor sua vontade aos governos estaduais.

'Essa questão nunca foi sobre esportes escolares ou a proteção de mulheres e meninas, como foi alegado, mas sim sobre os direitos dos Estados e a defesa do Estado de Direito contra um governo federal empenhado em impor sua vontade, em vez de defender a lei', disse Mills.

'Que o dia de hoje sirva de alerta para todos os Estados: o Maine pode estar entre os primeiros a atrair a ira do governo federal dessa forma, mas não seremos os últimos.'

Atletas transgêneros foram alvos frequentes de críticas de Trump durante a campanha. O presidente assinou um decreto proibindo atletas transgêneros de competir em esportes femininos. Ele entrou em conflito com Mills, uma democrata, sobre o assunto em uma reunião na Casa Branca em fevereiro.

Defensores da ação de Trump afirmam que ela protege a imparcialidade da competição, enquanto críticos dizem que ela exclui jovens transgêneros de atividades físicas e sociais importantes.

Em um comunicado, o grupo de defesa LGBT GLAAD criticou a ação judicial.

'Isso não contribui em nada para melhorar a educação ou oferecer às meninas oportunidades nos esportes', disse. 'Todos os alunos e escolas são mais seguros quando os alunos mais vulneráveis são protegidos e respeitados.'

A maioria dos norte-americanos não apoia atletas transgêneros competindo em esportes femininos, segundo pesquisas.

Apenas 26% dos entrevistados em uma pesquisa Reuters/Ipsos de fevereiro concordaram que eles deveriam competir no ensino fundamental e médio, 55% se opõem e o restante não tem certeza.

Apenas 19% apoiaram a ideia de mulheres transgêneros competirem em esportes femininos de elite, como na faculdade, nas Olimpíadas e nas ligas profissionais, e 65% se opuseram.

Espera-se que o Maine tenha disputas competitivas na Câmara e no Senado nas eleições de meio de mandato do próximo ano, que ajudarão a determinar o controle do Congresso.

LUTA POR FINANCIAMENTO

A ação judicial ocorre cinco dias após o governo tentar cortar todo o financiamento federal para as escolas públicas do Maine e seu programa de merenda escolar por causa da questão.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) notificou o Maine em 2 de abril sobre o congelamento do financiamento da merenda escolar, citando violações do Título 9.

Um juiz do Tribunal Distrital proibiu temporariamente o USDA de cortar os fundos depois que o Maine processou o governo federal.

No início de 2 de abril, o Departamento de Educação anunciou que estava cortando os US$ 250 milhões em fundos para educação pública de ensino fundamental e médio do Estado como parte de um processo administrativo.

Em 7 de abril, o Departamento de Justiça também retirou mais de US$1,5 bilhão em subsídios federais do Departamento de Correções.

A procuradora-geral adjunta do Maine, Sarah Forster, informou ao Departamento de Educação dos EUA, em uma carta de 11 de abril, que 'nada no Título 9 ou em suas regulamentações de implementação proíbe as escolas de permitir que meninas e mulheres transgêneros participem de equipes esportivas femininas'.

'Suas cartas até o momento não citam um único caso que o sustente', escreveu ela.

Os transgêneros representam uma pequena parcela da população geral dos EUA. Mais de 1,6 milhão de adultos com 18 anos ou mais e jovens entre 13 e 17 anos se identificam como transgêneros nos Estados Unidos, de acordo com um relatório de 2022 do Williams Institute da Faculdade de Direito da UCLA.

Uma grande porcentagem de adultos transgêneros tentou ou aventou o suicídio, de acordo com um relatório de 2023 do mesmo grupo, que constatou que 81% dos adultos transgêneros nos Estados Unidos pensaram em suicídio e 42% tentaram.

(Reportagem de Sarah N. Lynch; reportagem adicional de Nate Raymond em Boston)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

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