EUA propõem início de julgamento de Trump sobre tentativa de reverter eleição de 2020 para janeiro
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Por Jacqueline Thomsen
WASHINGTON (Reuters) - Procuradores dos Estados Unidos pediram nesta quinta-feira a uma juíza federal para iniciar o julgamento do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre sua tentativa de reverter sua derrota nas eleições de 2020 para o democrata Joe Biden no dia 2 de janeiro de 2024.
A data faria com que o julgamento começasse apenas duas semanas antes das primeiras primárias presidenciais republicanas de 2024, uma disputa para a qual Trump é o favorito.
O gabinete do procurador especial Jack Smith pediu nesta quinta-feira o início do julgamento em 2 de janeiro, em parte devido ao interesse do público em um julgamento rápido.
O gabinete de Smith disse que o interesse é 'de particular importância aqui, onde o réu, um ex-presidente, é acusado de conspirar para anular os resultados legítimos da eleição presidencial de 2020, obstruir a certificação dos resultados eleitorais e descartar os votos legítimos dos cidadãos'.
Um porta-voz de Trump disse que Smith e o Departamento de Justiça 'estão jogando jogos políticos descaradamente', citando o status de Trump como favorito nas eleições de 2024.
O próprio Trump disse em sua plataforma Truth Social que qualquer julgamento deveria ser realizado após as eleições de 2024 nos EUA. Essa data potencialmente lhe daria o poder de encerrar sua acusação se ele se tornasse presidente novamente.
'Tal julgamento ...... só deveria acontecer, se é que aconteceria, APÓS A ELEIÇÃO', disse Trump em um post nesta quinta-feira.
Os promotores também previram que levará cerca de quatro a seis semanas para apresentar a maior parte do caso contra Trump no julgamento.
Na semana passada, Trump se declarou inocente das acusações sobre a suposta conspiração eleitoral.
O gabinete de Smith disse que está preparado para entregar a Trump até o final de agosto a maior parte das evidências que pretende usar no julgamento.
A juíza distrital Tanya Chutkan, em Washington, que está presidindo o caso relacionado às eleições, deve realizar uma audiência na sexta-feira sobre como essas evidências podem ser tratadas por Trump e sua equipe de defesa.
Os promotores também disseram que há uma quantidade 'mínima' de informações sigilosas envolvidas no caso e pediram a Chutkan que abordasse essa questão em uma audiência marcada para 28 de agosto.
(Reportagem de Jacqueline Thomsen, Jasper Ward e Kanishka Singh em Washington)
Escrito por Reuters
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