EUA vão suspender proibição de venda de armas à Arábia Saudita
Publicada em
Por Humeyra Pamuk e Patricia Zengerle e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden decidiu suspender uma proibição de vendas de armas ofensivas dos EUA à Arábia Saudita, disse o Departamento de Estado nesta sexta-feira, revertendo uma política de três anos para pressionar o reino a aliviar a guerra no Iêmen.
O Departamento de Estado está suspendendo a proibição de certas transferências de munições ar-terra à Arábia Saudita, confirmou uma autoridade sênior do departamento. “Consideraremos novas transferências de uma maneira típica, caso a caso, em linha com a Política de Transferência de Armas Convencionais”, disse a autoridade.
A Reuters foi o primeiro veículo a publicar a decisão, citando cinco fontes.
O governo informou o Congresso sobre a decisão de suspender a proibição nesta semana, segundo um assessor parlamentar. Uma fonte afirmou que as vendas podem ser retomadas já na próxima semana. O governo norte-americano estava avançando na tarde desta sexta-feira com notificações sobre uma venda, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto.
“Os sauditas cumpriram sua parte do acordo e estamos preparados para cumprir a nossa”, afirmou uma autoridade do governo Biden.
Pela lei dos EUA, grandes vendas internacionais de armas precisam ser revisadas por membros do Congresso antes de serem finalizadas. Parlamentares democratas e republicanos questionaram o fornecimento de armas ofensivas à Arábia Saudita nos últimos anos, citando questões como o custo para os civis em sua campanha no Iêmen e uma série de preocupações com direitos humanos.
Mas essa oposição diminuiu com a turbulência no Oriente Médio, após o ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel, e com mudanças de conduta na campanha no Iêmen.
Desde março de 2022 -- quando sauditas e houthis entraram em uma trégua liderada pela ONU -- não houve ataques aéreos sauditas no Iêmen. Os disparos entre fronteiras a partir do Iêmen praticamente pararam, disse a autoridade do governo.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO