Europa Central fortalece cidades em meio a enchentes; número de mortos aumenta
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Por Janis Laizans
NYSA, Polônia (Reuters) - Voluntários reforçaram nesta terça-feira as defesas para conter a cheia dos rios na cidade polonesa de Nysa, uma das dezenas de cidades da Europa Central inundadas por enchentes devastadoras que mataram pelo menos 19 pessoas.
Os rios ainda estavam transbordando na República Tcheca, enquanto o rio Danúbio estava subindo na Eslováquia e na Hungria, e partes da Áustria e da Romênia também foram inundadas pelas águas.
As áreas de fronteira entre a Polônia e a República Tcheca estão entre as mais atingidas desde o fim de semana, quando rios cheios de detritos devastaram cidades históricas, derrubando pontes e destruindo casas.
As enchentes mataram sete pessoas na Romênia, onde as águas baixaram desde o fim de semana, quatro na Polônia, cinco na Áustria e três na República Tcheca. Dezenas de milhares de residências tchecas e polonesas ainda estavam sem energia elétrica ou água potável.
Durante a noite, voluntários ajudaram as equipes de resgate a levantar sacos de areia para construir o aterro rompido ao redor de Nysa, uma cidade com mais de 40.000 habitantes no sudoeste da Polônia.
O chefe nacional dos bombeiros, Mariusz Feltynowski, disse na terça-feira que o aterro de Nysa foi selado, e helicópteros militares se juntaram à operação para lançar sacos de areia.
Alguns moradores voltaram para verificar se suas casas estavam seguras após as retiradas na segunda-feira, apesar das garantias do primeiro-ministro Donald Tusk de que as autoridades agiriam 'impiedosamente' contra os saqueadores.
'(Eles) nos garantiram que os serviços cuidariam de nossos pertences e propriedades. Mas estamos com medo (...) porque já estamos ouvindo que os saqueadores se tornaram ativos', disse Sabina Jakubowska, 45 anos, moradora de Nysa, à Reuters.
A Polônia declarou estado de calamidade na área e reservou 1 bilhão de zlotys (260 milhões de dólares) para as vítimas das enchentes.
A histórica Breslávia, terceira cidade da Polônia, estava se preparando para o pico de água ao longo do rio Odra.
'Temos ônibus disponíveis, caso haja necessidade de retirada', disse o prefeito Jacek Sutryk, em uma reunião de crise. 'Hoje também vamos reforçar outros diques, também na bacia do rio Odra.'
(Reportagem de Janis Laizans em Nysa, Marek Strzelecki, Anna Wlodarczak-Semczuk e Pawel Florkiewicz em Varsóvia, Jason Hovet e Jan Lopatka em Praga, Krisztina Than em Budapeste, François Murphy e Alexandra Schwarz-Goerlich em Viena)
Escrito por Reuters
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