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Evidências de praias de oceanos antigos de Marte são detectadas por rover chinês

Placeholder - loading - Ilustração mostra imagem hipotética de Marte há 3,6 bilhões de anos, quando um oceano pode ter coberto quase metade do planeta 24/02/2025 Robert Citron/Divulgação via REUTERS
Ilustração mostra imagem hipotética de Marte há 3,6 bilhões de anos, quando um oceano pode ter coberto quase metade do planeta 24/02/2025 Robert Citron/Divulgação via REUTERS
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Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - Dados de radar de penetração de solo obtidos pelo rover chinês Zhurong revelaram evidências enterradas sob a superfície marciana do que parecem ser praias de um grande oceano que pode ter existido há muito tempo nas planícies do norte de Marte.

As descobertas são as mais recentes evidências indicando a existência desse hipotético oceano, chamado Deuteronilus, cerca de 3,5 a 4 bilhões de anos atrás, época em que Marte -- agora um planeta frio e desolado -- possuía uma atmosfera mais espessa e um clima mais quente. Um oceano de água líquida na superfície de Marte, segundo cientistas, pode ter abrigado organismos vivos, assim como os mares primordiais da Terra.

O rover, que operou entre maio de 2021 e maio de 2022, percorreu cerca de 1,9 km em uma área que exibe características de superfícies que sugerem uma antiga linha costeira. Seu radar de penetração de solo, que transmitiu ondas de rádio de alta frequência para o chão, que refletiram as características do subsolo, sondou até 80 metros abaixo da superfície.

As imagens de radar detectaram cerca de 10 a 35 metros de camadas subterrâneas espessas de materiais com propriedades similares às da areia, todas inclinadas na mesma direção e em um ângulo semelhante ao das praias da Terra, logo abaixo da água, onde o mar encontra a terra. Os pesquisadores mapearam essas estruturas em 1,2 km ao longo da trajetória do rover.

'A superfície de Marte mudou dramaticamente ao longo de 3,5 bilhões de anos, mas, usando o radar de penetração de solo, encontramos evidências diretas de depósitos costeiros que não eram visíveis da superfície', disse o cientista planetário da Universidade de Guangzhou, Hai Liu, membro da equipe científica da missão chinesa Tianwen-1, que incluiu o rover.

Na Terra, depósitos de praia desse tamanho teriam precisado de milhões de anos para serem formados, segundo os pesquisadores, sugerindo que, em Marte, havia um corpo d’água grande e de vida longa, com ação de ondas que distribuíam sedimentos levados até ele por rios que fluíam das terras altas próximas.

'As praias teriam sido formadas por processos similares aos da Terra -- ondas e marés', afirmou Liu, um dos líderes do estudo publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

'Oceanos como esses teriam influenciado profundamente o clima de Marte, moldado sua paisagem e criado ambientes potencialmente adequados para que a vida surgisse e prosperasse.'

'Costas são ótimos locais para procurar evidências de vidas passadas', disse o cientista planetário e co-autor do estudo, Michael Manga, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

'Acredita-se que a vida mais antiga na Terra tenha começado em locais como esse, perto da interface do ar e da água rasa.'

O rover explorou a parte sul de Utopia Planitia, uma grande planície no hemisfério norte de Marte e pesquisadores descartaram outras possíveis explicações para as estruturas que o Zhurong detectou.

A Terra, Marte e os outros planetas do sistema solar foram formados há cerca de 4,5 bilhões de anos. Isso significa que o Deuteronilus teria desaparecido em aproximadamente 1 bilhão de anos de existência de Marte, quando o clima do planeta mudou drasticamente. Segundo os cientistas, parte da água pode ter se perdido no espaço, mas grandes quantidades podem ter ficado presas no subsolo.

Um estudo publicado no ano passado, com base em dados sísmicos obtidos pela sonda robótica InSight, da Nasa, descobriu que um imenso reservatório de água líquida pode estar localizado nas profundezas da superfície marciana, dentro de rochas ígneas fraturadas.

(Reportagem de Will Dunham)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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