Ex-chefe do SVB diz que altas nos juros e redes sociais afundaram empresa
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WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente-executivo do Silicon Valley Bank Greg Becker pediu desculpas nesta segunda-feira em depoimento ao Congresso norte-americano pelo que chamou de colapso 'devastador' da empresa, citando o aumento dos juros e as redes sociais como as causas centrais para o colapso.
Em depoimento preparado, divulgado pelo Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos, Becker disse acreditar que o banco respondeu às preocupações dos reguladores sobre o gerenciamento de riscos e trabalhou para resolver seus problemas antes que uma corrida bancária 'sem precedentes' levasse à sua falência.
'A tomada de controle do SVB foi pessoal e profissionalmente devastadora, e sinto muito pelo impacto que isso teve sobre os funcionários, clientes e acionistas do SVB', afirmou.
A posição de Becker contrasta com a de reguladores e executivos do setor bancário, que culparam a liderança do SVB por sua incapacidade de gerenciar os riscos de taxa de juros ou diversificar os negócios do banco para além do setor de tecnologia altamente concentrado na Baía de São Francisco.
Becker disse não acreditar 'que qualquer banco pudesse sobreviver a uma corrida bancária dessa velocidade e magnitude'.
Becker, juntamente com o ex-co-fundador e presidente do Signature Bank Scott Shay e o ex-presidente Eric Howell, estão programados para testemunhar diante do Comitê Bancário do Senado na terça-feira às 11h (horário de Brasília), onde aparecerão publicamente pela primeira vez desde que suas empresas entraram em colapso, desencadeando uma rara intervenção governamental para proteger os depósitos.
Ex-executivos do Signature Bank, com sede em Nova York, que também faliu em março, afirmaram que o banco poderia ter sobrevivido se os reguladores não tivessem optado por fechá-lo, segundo depoimentos separados.
(Reportagem de Pete Schroeder e Hannah Lang, em Washington)
Escrito por Reuters
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