Ex-presidente da CBF José Maria Marin é condenado a 4 anos de prisão nos EUA
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Por Jonathan Stempel e Brendan Pierson
NOVA YORK (Reuters) - O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol José Maria Marin foi sentenciado nesta quarta-feira a quatro anos de prisão por acusações de corrupção relacionadas ao escândalo de suborno na Fifa, informou a entidade que controla o futebol mundial.
Marin, de 86 anos, foi sentenciado pela juíza distrital norte-americana Pamela Chen em Nova York. Ele também foi multado em 1,2 milhão de dólares e teve 3,34 milhões de dólares confiscados.
Marin foi condenado em 22 de dezembro por um júri federal por crimes de fraude financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e nesta quarta-feira recebeu a sentença.
Ele está entre os primeiros a serem julgados no que promotores norte-americanos chamaram de esquema abrangente, envolvendo pagamentos de mais de 200 milhões de dólares em subornos em troca de direitos de marketing e transmissão de jogos de futebol. Os promotores disseram que Marin recebeu vários milhões de dólares em propinas.
'Estamos desapontados com a duração da sentença, mas apreciamos os esforços da juíza para atingir um equilíbrio justo', disse o advogado de Marin, Charles Stillman, em email. 'O sr. Marin vai recorrer.'
Os promotores buscavam uma pena mínima de 10 anos de prisão, menos 13 meses que Marin já passou sob custódia.
A CBF não comentou o caso.
Pelo menos 42 indivíduos e entidades foram acusados ??na investigação da Fifa, entre eles o sucessor de Marin na presidência da CBF, Marco Polo Del Nero, que foi suspenso pela Fifa, e muitos se declararam culpados.
O paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, foi co-réu no julgamento de Marin e também foi condenado. Sua sentença está marcada para 29 de agosto, segundo os registros do tribunal.
O terceiro réu no julgamento, o ex-dirigente peruano Manuel Burga, foi absolvido.
Escrito por Thomson Reuters
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