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Excesso de dívida pública pode abalar mercados em 2025, diz BIS

Placeholder - loading - Sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basel, na Suíça 18/03/2021 REUTERS/Arnd Wiegmann
Sede do Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basel, na Suíça 18/03/2021 REUTERS/Arnd Wiegmann

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Por Naomi Rovnick

LONDRES (Reuters) - A ameaça de que o aumento da oferta de dívida pública desestabilize os mercados financeiros se intensificou, disse o principal órgão consultivo dos bancos centrais do mundo nesta terça-feira, ao pedir que as autoridades ajam rapidamente para evitar danos econômicos.

Claudio Borio, chefe do departamento monetário e econômico do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), disse que está em alerta para um excesso de dívida governamental, causando rupturas no mercado de títulos que poderiam se espalhar para outros ativos.

E, embora os mercados ainda não tenham sofrido os chamados ataques de 'vigilantes de títulos', em que os investidores em dívidas aumentam drasticamente os custos dos empréstimos para forçar os países a se afastarem da negligência fiscal, as autoridades não devem esperar que isso aconteça, disse ele.

'Os mercados financeiros estão começando a perceber que terão de absorver esses volumes crescentes de dívida pública', disse ele quando o BIS publicou seu último relatório trimestral.

'Leva tempo para que as autoridades ajustem suas políticas e, se eles esperarem que os mercados acordem, será tarde demais.'

Os grandes déficits orçamentários sugerem que a dívida soberana dos países pode aumentar em um terço até 2028, chegando a 130 trilhões de dólares, de acordo com o grupo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

Em outra parte de seu relatório, o BIS observou o aumento da incerteza sobre onde as taxas de juros globais se estabelecerão à medida que os principais bancos centrais iniciam cortes, mas a economia global permanece resiliente, impulsionada pelo forte crescimento dos Estados Unidos.

O BIS observou que a maior volatilidade nos mercados de câmbio reduziu o incentivo para que os operadores reconstruam suas posições após uma forte redução em agosto das chamadas 'carry trades', o que provocou rupturas nos mercados mundiais.

Escrito por Reuters

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