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EXCLUSIVO-Petrobras negocia venda de refinaria nos EUA com Chevron, dizem fontes

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Por Rodrigo Viga Gaier e Erwin Seba

RIO DE JANEIRO/HOUSTON (Reuters) - A Petrobras está negociando a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, com a norte-americana Chevron, de acordo com três fontes com o conhecimento do assunto.

Uma das fontes indicou que estão avançadas as negociações para a venda do ativo no Texas, que esteve no foco das investigações da operação Lava Jato sobre corrupção envolvendo a estatal brasileira.

A negociação ocorre no momento em que companhias de petróleo dos EUA estão buscando expandir as operações de refino para absorver os grandes volumes de petróleo de 'shale' que estão sendo extraídos no país.

Segundo uma fonte da indústria de petróleo nos EUA, a companhia norte-americana 'está muito perto de adquirir Pasadena', refinaria com capacidade de processamento de 110 mil barris por dia.

No Brasil, uma segunda fonte com conhecimento da situação, que também pediu para não ser identificada, confirmou as negociações com a Chevron.

'Pode ser sim, Pasadena pode ser vendida (para Chevron). Há conversas em andamento, e só posso dizer isso', disse.

O processo de venda de Pasadena --cuja compra pela Petrobras teria causado prejuízo para a estatal de mais de meio bilhão de dólares, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU)-- foi iniciado em fevereiro deste ano.

Em maio, a Petrobras iniciou a fase vinculante do processo de venda do ativo, em que interessados habilitados em uma fase anterior da negociação recebem cartas-convite com instruções detalhadas e orientações para realização de due dilligence.

Depois disso, a estatal não divulgou mais informações sobre o processo de venda.

Procurada nesta quinta-feira, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente. A Chevron não quis comentar o tema.

As fontes não falaram em valores que estão sendo negociados.

A venda da refinaria seria positiva para a Petrobras, que busca reduzir suas dívidas e tem enfrentado obstáculos para desenvolver seu programa de desinvestimentos de 21 bilhões de dólares no biênio 2017-2018.

Uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que exigiu que vendas de subsidiárias por estatais sejam aprovadas antes pelo Congresso, fez com que a empresa suspendesse a venda planejada de uma unidade de gasodutos no Nordeste avaliada em bilhões de dólares.

BOOM DO 'SHALE'

Garfield Miller, executivo-chefe da Aegis Energy Advisors, disse que o boom do 'shale oil', um tipo de petróleo não convencional, deu uma segunda chance às unidades dos EUA projetadas para processar os petróleos mais leves.

Há alguns anos a Petrobras não conseguiria vender a refinaria de Pasadena, pelo seu tempo de operação e incapacidade de processar petróleos pesados.

Mas isso mudou com o desenvolvimento da Bacia Permian, que está produzindo 3,5 milhões de barris por dia de petróleo, segundo os últimos números do governo.

'Qualquer um com petróleo na Permian pode logicamente querer comprar', disse Miller. 'Esta refinaria hoje tem valor, enquanto oito ou nove anos atrás não tinha.'

Pierre Breber, chefe de refino e produtos químicos da Chevron, disse neste mês que a empresa queria construir ou comprar uma refinaria ao longo da Costa do Golfo dos EUA para processar petróleo de suas operações do oeste do Texas.

A produção de 'shale' da Chevron na região aumentou 51 por cento no segundo trimestre, para 270 mil barris de óleo equivalente por dia.

Ao expandir sua capacidade de refino para Houston, seria capaz de processar o petróleo mais próximo de onde é produzido.

Quando anunciou a venda de Pasadena, a Petrobras afirmou que o negócio incluiria todo o sistema de operações de refino, tanques com capacidade de armazenamento de 5,1 milhões de barris de petróleo e derivados, terminal marítimo e estoques associados.

HISTÓRICO POLÊMICO

Há alguns anos, a Petrobras reconheceu, por conta dos problemas de corrupção, baixas contábeis de 530 milhões de dólares relacionadas a ajustes no valor percebido da refinaria, em um caso que atingiu também a ex-presidente Dilma Rousseff, que na época da compra da refinaria era a presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Em 2014, quando questionada sobre os problemas na aquisição de Pasadena, a então presidente Dilma afirmou que recebeu informações incompletas das diretorias da Petrobras responsáveis pela negociação, que a induziram a aprovar o negócio, segundo ela.

Na época da compra de Pasadena, Dilma também era ministra da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao todo, a Petrobras pagou cerca de 1,2 bilhão de dólares por Pasadena, em negócio que envolveu inicialmente 50 por cento do ativo, por 360 milhões de dólares, em 2005.

Após uma disputa em uma câmara de arbitragem com a sócia Astra Oil, a petroleira brasileira foi obrigada a desembolsar milhões de dólares adicionais pela outra metade do ativo.

(Por Rodrigo Viga Gaier e Erwin Seba, com reportagem adicional de Ron Bousso em Londres; escrito por Roberto Samora)

Escrito por Thomson Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

58 min
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